Após caso de racismo contra Aranha, Oswaldo de Oliveira pede fim da impunidade

O Santos venceu o Grêmio, em Porto Alegre, por 2 a 0 e encaminhou bem a sua classificação para as quartas de final da Copa do Brasil, mas apesar da alegria pelo resultado, um caso abominável tomou o brilho do futebol. No fim da partida, quando Aranha começou a retardar as cobranças de tiro de meta, torcedores gremistas começaram a proferir insultos racistas, chamando-o de macaco.

O caso deixou o técnico Oswaldo de Oliveira perplexo e acredita que é necessário começar a dar punições para que sirva de exemplo e os xingamentos se tornem cada vez menos recorrentes no futebol.

“Sobre essa questão do racismo acho que poderíamos fazer o seguinte: parar de falar e as autoridades punem. Porque quanto mais nós badalamos isso e a punição não acontece, acho que a proporção aumenta. É similar à questão da violência nos estádios. Quanto mais se fala, menos se pune. A impunidade toma conta e nós vemos se multiplicarem esses atos a cada rodada que se passa o Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil”, afirmou.

Logo depois do fim da partida, Aranha relembrou que no último ano, a Arena Grêmio promoveu uma campanha contra o racismo e acusou os torcedores de o chamarem de “preto fedido” e “cambada de preto”.

“Da outra vez que viemos jogar aqui pela Copa do Brasil tinha campanha contra racismo acontecendo. Não é à toa. Sei que torcida pegar no pé é normal, mas começaram a me chamar de “preto fedido”, a gritar “cambada de preto”. Fiquei nervoso, mas me segurei. Mas aí começou coro de macaco, eles imitando. Fizeram rapidinho, para não dar tempo de filmar. Fico nervoso com essas coisas”, disse.