Dorival Júnior quer trabalhar na Europa: “nem que fosse na segunda divisão”

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2017 12h54

Dorival Júnior foi demitido do Santos no último domingo Ivan Storti/Santos F.C./Divulgação Dorival Júnior foi demitido do Santos no último domingo

Demitido do Santos no último domingo, Dorival Júnior já começa a planejar o futuro. Que pode, curiosamente, desenrolar-se do outro lado do Atlântico… Em entrevista exclusiva a Fausto Favara que vai ao ar no próximo Plantão de Domingo, na Rádio Jovem Pan, o agora ex-treinador santista revelou que tem o desejo de comandar um clube europeu. 

E a vontade é tão grande que Dorival não se importaria nem em atuar em um time de segunda divisão.

Eu gostaria (de trabalhar na Europa), nem que fosse em uma equipe de segunda divisão“, afirmou o técnico de 55 anos. “Acho que seria uma experiência muito importante para mim. Temos de abrir um pouco desse mercado, que, na verdade, nós nunca tivemos”.

Recentemente, apenas Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari emprestaram a mão de obra brasileira a grandes clubes da Europa. O primeiro comandou o Real Madrid em 2005, e o segundo atuou no Chelsea de 2008 a 2009. Nenhum deles, no entanto, durou mais de uma temporada no cargo.

Atualmente, não há nenhum treinador brasileiro à frente de um time de primeira divisão de uma liga relevante na Europa. O último a conseguir tal feito foi o desconhecido Fabiano Soares, de 49 anos, que nasceu no Rio de Janeiro, mas se formou na Real Federação Espanhola de Futebol e estava à frente do Estoril, de Portugal  acabou sendo demitido em dezembro. 

Para Dorival, o problema é estrutural. E tem uma explicação: os cursos que a CBF oferece aos técnicos brasileiros não têm a chancela da Uefa – o que impede os treinadores nacionais de trabalharem na Europa. 

Hoje, apenas Milton Mendes, que estudou em Portugal e está no Vascotem a formação necessária para comandar um time do Velho Continente  ele finalizou a Uefa Pro, licença que abrange conhecimento em administração, mídia, finanças e leis trabalhistas. 

“Primeiro, temos de ter um curso que nos reconheça lá fora, e que ainda não existe”, cobrou Dorival. “Tendo a possibilidade, eu gostaria, sim (de trabalhar na Europa). Muito mais do que um contrato asiático, árabe… O que se vê de melhor no futebol, taticamente falando, está no continente europeu, e temos de reconhecer que eles estão um pouco a frente da gente”, finalizou. 

Dorival Júnior também revelou bastidores de sua demissão do Santos e indicou decepção com o presidente Modesto Roma Junior. A entrevista, na íntegra, vai ao ar no próximo Plantão de Domingo, na Rádio Jovem Pan.

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