Gol perdido, “São” Prass e torcida: veja detalhes e apostas de Santos x Palmeiras

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2015 17h01
SANTOS, SP - 25.11.2015: SANTOS X PALMEIRAS - O jogador Arouca, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Lucas Lima, do Santos FC, durante partida válida pela final (ida), da Copa do Brasil, no Estádio da Vila Belmiro. (Foto: Cesar Greco /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1037111 Folhapress O Santos foi melhor na Vila Belmiro

Santos e Palmeiras entraram com papéis bem definidos no gramado da Vila Belmiro para a partida de ida da final da Copa do Brasil. Tirando uma chance desperdiçada por Jackson nos primeiros minutos, o time visitante praticamente não criou nada nos 90 e poucos minutos de bola rolando. Já o Peixe, apesar da vitória, tem a lamentar as chances desperdiçadas de decidir a parada, mas vai ao Allianz Parque sabendo que está jogando muito melhor.

Para explicar melhor como foi o duelo na Vila e quais são as expectativas para a decisão do dia 2 de dezembro, o Jovem Pan Online faz, abaixo, uma análise dos principais pontos da decisão.

A superioridade santista

Como o Palmeiras só se preocupou em não levar gols, o Santos dominou facilmente a partida. Para o time de Marcelo Oliveira, parecia missão quase impossível trocar passes no ataque para criar uma jogada de perigo, enquanto, para o de Dorival Júnior, era algo natural. Mesmo com Lucas Lima mais apagado, o Peixe contou com uma boa atuação coletiva, o que possibilitou a coordenação entre ataque e defesa. Parecia que o alvinegro sempre tinha maior número de jogadores tanto para atacar quanto para defender.

Os números deixam a superioridade santista bem clara: foram 17 finalizações contra apenas cinco do alviverde. A posse de bola também foi favorável: 57% contra 43%. Nos passes certos, a diferença foi ainda maior: 297 contra apenas 185 do Palmeiras. No entanto, a vitória foi magra por conta da falta de pontaria dos bons atacantes alvinegros e por causa de um personagem em especial.

“São” Fernando Prass

Fernando Prass não tem a história de São Marcos no Palmeiras, e não vai chegar a ter a mesma idolatria da torcida. No entanto, o dono das luvas do Verdão tem feito bem a sua parte. É o principal jogador da equipe na reta final da Copa do Brasil, com atuação apoteótica contra o Fluminense na semifinal. Na Vila Belmiro não foi diferente: Prass fez duas defesas em chances claras do Santos, além de outras boas intervenções durante a partida. Não fosse por ele, o alviverde poderia ter de reverter uma desvantagem bem mais larga dentro de casa.

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O “gol perdido” do título?

Depois de sofrer o gol e, minutos depois, perder o lateral Lucas por expulsão, o Palmeiras estava acuado na Vila Belmiro. Percebendo o momento favorável, Dorival Júnior colocou o Santos para cima em busca do segundo gol e pôs em campo o atacante Nilson. Aos 50 minutos, apareceu a chance que deveria confirmar a aposta do treinador: Ricardo Oliveira recebeu lançamento, saiu de Vítor Hugo e Fernando Prass, e a bola sobrou limpa para Nilson na cara do gol. O que ele fez? Veja abaixo.

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Se o atacante tivesse balançado as redes, muitos diriam que poderia ter sido o gol do título santista. Como ele perdeu a oportunidade, a recíproca é verdadeira? Seria o lance uma demonstração de sorte de campeão do Palmeiras? As perguntas serão respondidas na próxima quarta-feira.

Para a volta, só a empolgação bastará?

O palmeirense, em geral, está mostrando confiança para o jogo da volta. Afinal, o time terá seu estádio lotado, a força de sua torcida e o mau retrospecto do Santos fora de casa a seu favor. Mas falta um detalhe: o futebol. Faz tempo que o Palmeiras de Marcelo Oliveira não joga bem, e ficou bem claro na Vila Belmiro qual é a equipe mais preparada entre as duas finalistas.

A pergunta que fica é: será possível ao Verdão vencer a partida no Allianz Parque, e consequentemente ser campeão, na marra? A não ser que Marcelo Oliveira consiga, em seis dias, dar ao time um padrão que não conseguiu dar em meses, o Palmeiras dependerá quase exclusivamente da empolgação e da garra para reverter a desvantagem contra um adversário que há tempos mostra um futebol muito mais qualificado.

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