Casares detona fornecedora de material e despista sobre aposentadoria de Ceni

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2014 12h32

Vice-presidente de marketing disse que atitude da Penalty foi desagradável

Rubens Chiri / Divulgação / São Paulo FC Casares detona fornecedora de material e despista sobre aposentadoria de Ceni

Uma confusão entre o São Paulo Futebol Clube e a Penalty, fornecedora de material esportivo, agitou os bastidores do clube na última quarta-feira (19). Por meio de um comunicado divulgado à imprensa, a marca que patrocina o Tricolor marcou para o dia 25 de novembro o anuncio da aposentadoria de Rogério Ceni, informação desmentida pelo goleiro ao canal Fox Sports. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o vice-presidente de marketing do clube paulista, Julio Casares, classificou como “desagradável” o ocorrido. O dirigente condenou a atitude da empresa, que deveria ter consultado o São Paulo e o arqueiro para tomar uma decisão dessas. Casares deixou no ar se Ceni irá realmente se aposentar e citou a importância de um camisa 1 experiente para a disputa Libertadores da América.

“Nós fomos surpreendidos com o convite para a imprensa para uma coletiva onde seria anunciado uma camisa e a despedida do Rogério Ceni. Estou no marketing do São Paulo há muitos anos e nunca vivi uma experiência como essa tão desagradável, porque qualquer convite que você faz em nome da instituição e do atleta, há de ter uma autorização da entidade. Isso não ocorreu. Pior, não houve nenhuma consulta ao Rogério Ceni”, explicou.

Apesar de todo o mistério que cerca o anuncio oficial de que o goleiro irá pendurar as luvas, Casares garante que todo o departamento de marketing da instituição trabalha com a aposentadoria do veterano de 41 anos. O ídolo são-paulino tem o apoio de alguns dirigentes e de muitos atletas para que continue pelo menos por mais uma temporada.

“Essa é uma discussão difícil. Estou trabalhando com o cronograma de que ele vai parar, que foi algo anunciado no último contrato. Toda a área de marketing está trabalhando para um jogo de despedida em 22 de fevereiro, uma grande festa no Morumbi. A fase que ele vem passando, a eminente classificação para a Libertadores passa a ter uma corrente dentro do clube e dos próprios atletas que querem a continuidade do Rogério. Eu não arriscaria um palpite”, desvencilhou-se. “O Muricy, com a visão que tem no futebol, sabe a importância de um goleiro experiente como o Rogério, que os zagueiros ficam tranquilos por saberem que podem contar com ele no gol e com os pés. No íntimo dele, seria mais um jogador para ele contar, já que perderemos o Kaká. O Rogério seria um reforço importante na Libertadores”, completou.

Com contrato com a fornecedora de materiais até o decorrer de 2015, Casares disse que não pretende rescindi-lo, apesar de ter recebido propostas de pelo menos três outras empresas por um espaço na camisa Tricolor.

“Nós temos um contrato que vai até o decorrer de 2015. É uma relação contratual que nós fizemos numa coletiva há pouco tempo, até ratificando nossa parceira em razão de muitas empresas que procuraram o São Paulo com os rumores da saída da Penalty. Nós temos duas ou três empresas que querem substituí-los. Vamos cumprir o contrato, mas retifico que o caso de hoje foi lamentável”, enfatizou.

Por fim, o vice-presidente de marketing cravou que a coletiva marcada pela Penalty “subiu no telhado”. “Agora não está. Vamos rever tudo que aconteceu. Temos que fazer uma reunião. Falei com o presidente (Aidar) e o Rogério. Quando a delegação voltar, vamos conversar. Por hora ela não vai acontecer e caso aconteça, ela deverá seguir todos os tramites legais da autorização do clube e do atleta. Essa coletiva subiu no telhado”, finalizou.

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