Com Boschilia, São Paulo tenta evitar novo fracasso em negociações

Gabriel Boschilia fez o gol que abriu a vitória do São Paulo sobre o Barueri

Gabriel Boschilia

O São Paulo tenta concluir a venda de Boschilia ao Monaco (FRA) para aliviar os problemas de caixa e evitar mais uma trapalhada em negociações que acabaram não dando certo. Só nesta janela de transferências a diretoria acumula episódios que expuseram falhas na condução das tratativas.

A de Boschilia é o exemplo mais recente. No início da semana passada, a venda para o Monaco por cerca de R$ 40 milhões chegou a ser comemorada nos bastidores do São Paulo, mas não era bem assim. Uma polêmica sobre parte dos direitos econômicos do jogador emperrou o negócio, que pode parar na Justiça por iniciativa do Guarani, primeiro clube do meia.

O caso mais emblemático de negociação fracassada foi do volante Rodrigo Caio. O Tricolor chegou a anunciar em seu site oficial a venda do atleta para o Valencia (ESP) por mais de R$ 40 milhões, mas não houve acordo entre Rodrigo e o clube espanhol. Resultado: constrangimento e desconforto geral.

Esses erros de condução pressionam Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol, e o presidente Carlos Miguel Aidar. Ataíde tem tocado a maioria das negociações sozinho, desde que o ex-gerente executivo Gustavo Oliveira deixou o clube. José Eduardo Chimello, o substituto, não trata de negócios.

Ainda assim, até o momento, o São Paulo já vendeu nesta janela o zagueiro Paulo Miranda, os volantes Denilson e Souza e o atacante Cafu. E mais saídas, além da de Boschilia, não estão descartadas.

OS ERROS EM NEGOCIAÇÕES

Rodrigo Caio: Diretoria negociou com o representante de Rodrigo Caio, o ex-atacante Luizão. Chegou a anunciar a venda para o Valencia (ESP), mas a parte do jogador com o clube espanhol ainda não estava acertada. Rodrigo viajou à Espanha e, chegando lá, foi vetado.

Luis Fabiano: Negócio mal conduzido com o Cruz Azul (MEX). O técnico Juan Carlos Osorio foi envolvido nas tratativas, conversando com dirigentes mexicanos. Aidar chegou a dizer a seus pares que a venda do atacante estava fechada, mas o Cruz Azul desistiu.

Dória: Ataíde Gil Guerreiro chegou a fechar a contratação do jogador com o Olympique de Marselha (FRA), mas de última hora, no último dia da janela de transferências internacionais, restante da cúpula vetou a negociação por considerá-la cara.

Cafu: São Paulo também chegou a dar a venda do atacante para o Ludogorets, da Bulgária, como certa sem antes o jogador ter visto o contrato com o clube futuro. Na primeira vez, a saída foi vetada. Depois, as partes entraram em acordo e o jogador se transferiu.