Expulso só por briga? Opice Blum rebate tese de Ataíde: “deve ser futurólogo”
Opice Blum é o presidente da comissão de ética do São Paulo
Opice Blum é o presidente da comissão de ética do São PauloNa última terça-feira, o ex-vice-presidente de futebol do São Paulo Ataíde Gil Guerreiro concedeu entrevista exclusiva ao repórter Márcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan, na qual disparou contra o presidente da comissão de ética do São Paulo, José Roberto Opice Blum. Um dia depois de ter sido expulso do conselho deliberativo do clube tricolor, Gil Guerreiro reclamou de um fato em especial: ter sido julgado por uma comissão presidida pelo ex-desembargador – que, segundo o ex-dirigente, já teria o condenado antes mesmo do julgamento.
Opice Blum, no entanto, defendeu-se. Em entrevista exclusiva a Zeca Cardoso para o Plantão de Sábado, da Rádio Jovem Pan, o presidente da comissão de ética do São Paulo, que cassou os mandatos de Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, rebateu o ex-vice-presidente de futebol tricolor. Opice negou ter entrado no julgamento com a certeza de condenar Ataíde e aproveitou para provocar o agora ex-dirigente do clube.
“O Ataíde deve ser futurólogo, prever o futuro… Porque nem eu não sabia que já havia o condenado”, ironizou o ex-desembargador. “Eu não tiro o direito de quem quer que seja de tirar elações. Mas desde que elas sejam verdadeiras. No caso do Ataíde, não são. A minha decisão, tomada em conjunto com os demais componentes, foi aprovada por uma imensa maioria do conselho deliberativo do São Paulo”, acrescentou.
Opice Blum ainda rebateu outra afirmação de Ataíde. O ex-vice-presidente de futebol do São Paulo afirmou a Márcio Spimpolo que havia sido expulso do conselho deliberativo do clube apenas por ter agredido o ex-presidente Carlos Miguel Aidar no ano passado, durante reunião em um hotel na zona Sul de São Paulo. O presidente da comissão de ética tricolor negou esta tese.
“A verdade é que não houve só a briga. Ela foi consequência de uma série de outros atos. Consequência de negócios que tinham sido liderados por ambos, de uma carta de um determinado advogado… Um conjunto de atos resultou no pedido de cassação do mandato do Ataíde Gil Guerreiro”, encerrou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.