São Paulo pede mobilização e pode ceder jogadores para ajudar a Chapecoense

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2016 13h41

São Paulo pode ceder jogadores sem custos para ajudar a Chapecoense a se reerguer

Rubens Chiri/saopaulofc.net São Paulo pode ceder jogadores sem custos para ajudar a Chapecoense a se reerguer

Em participação no programa Esporte em Discussão desta terça-feira, o diretor executivo de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, revelou que o clube tricolor pode ajudar a Chapecoense com uma possível cessão de jogadores sem custos. Boa parte da delegação catarinense morreu em um terrível acidente aéreo na madrugada desta terça-feira, na Colômbia. 

“É claro“, respondeu Cunha, quando questionado pela reportagem da Rádio Jovem Pan se existia a possibilidade de o São Paulo ceder jogadores para a Chapecoense. 

“Mas precisa ter toda uma construção desta ideia. Agora mesmo um conselheiro sugeriu que cedêssemos alguns jogadores à Chapecoense sem custos… Talvez atletas que tivessem superado a idade do sub-20. Mas a Chapecoense, hoje, é um time grande, não pequeno. Eu não posso ajudar com coisas que não me servem, que estejam sem uso“, acrescentou. 

De acordo com Marco Aurélio Cunha, os clubes deveriam se organizar para ceder atletas de bom nível para a Chapecoense. O time catarinense, afinal, disputa a elite nacional há três anos e estava prestes a jogar a final de um importante torneio continental, a Copa Sul-Americana.  

Temos que fazer uma construção positiva para a Chapecoense, e não dar jogadores sem rodagem, experiência... Presente é dar um jogador de nível e continuar pagando os salários. Ajudar com juvenil não é ajuda, me perdoe”, finalizou.

O acidente  

O avião que transportava a equipe da Chapecoense sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira, por volta da 01h15, quando se aproximava de Medellín, na Colômbia. A equipe seguia viagem para a disputa da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, na próxima quarta-feira.  

A intenção da Chapecoense era a de fazer um voo fretado do Brasil direto para Medellín, mas o pedido foi negado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) devido a normas internacionais. De acordo com a entidade, um voo do Brasil com destino à Colômbia só poderia ser operado por uma empresa brasileira ou colombiana – e o voo da Chapecoense foi organizado pela boliviana Lamia.  

Com o veto da ANAC, os integrantes da Chapecoense fizeram um voo comercial de Guarulhos até a Bolívia, e, de lá, fretaram um outro voo até Medellín. Foi durante este último trecho que o acidente aconteceu. A aeronave caiu em Cerro Gordo, na cidade de La Unión, departamento de Antioquia, noroeste da Colômbia, e deixou 75 mortos.  

Havia 81 pessoas no voo, incluindo 72 passageiros e nove tripulantes. Do total, 48 eram membros da Chapecoense, incluindo 22 jogadores, 21 jornalistas e três convidados, além da tripulação. O ex-jogador Mario Sergio, comentarista dos canais Fox Sports, está entre as vítimas.  

Até o momento, apenas seis pessoas sobreviveram à tragédia, incluindo quatro jogadores da Chapecoense: o goleiro Danilo, o zagueiro Neto, o lateral esquerdo Alan Ruschel e goleiro FollmannO jornalista Rafael Henzel e a comissária de bordo Ximena Suarez também foram resgatadas com vida. 

Alguns jogadores da Chapecoense não viajaram com a delegação. A lista inclui os seguintes atletas: Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, HyoranMartinuccio, Nivaldo e Rafael Lima. Eles não vinham sendo utilizados pelo treinador Caio Júnior, que, por sua vez, estava no voo e morreu.

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