São Paulo quer manter contrato com Caramelo, vítima de acidente da Chapecoense

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/11/2016 13h52

Caramelo estava emprestado para a Chapecoense desde agosto deste ano

Estadão Conteúdo Caramelo estava emprestado para a Chapecoense desde agosto deste ano

O São Paulo estuda uma solução jurídica de manter o vínculo com o jogador Caramelo, uma das vítimas da queda do avião da Chapecoense na viagem à Colômbia para a disputa do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana. O lateral estava emprestado ao time catarinense pela segunda vez, mas ainda tinha contrato com o clube paulista. O diretor de futebol Marco Aurélio Cunha manifestou preocupação com o amparo à família do jogador, pois, em caso de morte, o contrato de trabalho é rescindido automaticamente. 

“Acionei o departamento jurídico. Quando o atleta falece, o contrato é automaticamente rescindido, você não pode pagar alguém que não existe mais. É uma questão duríssima, mas real. Vamos ver uma forma de manter isso, os clubes querem ajudar, cada um poderia pegar uma família dessa e suprir esses contratos. Isso é melhor do que homenagens midiáticas”, afirmou o dirigente tricolor em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira. 

Já a apresentação oficial de Rogério Ceni como novo treinador do São Paulo, que estava marcada para a última terça-feira e foi cancelada por causa da tragédia envolvendo a Chapecoense, deve ocorrer na semana que vem. “Estamos em luto. Seria impróprio qualquer apresentação. Estamos pensando em apresentar o Rogério Ceni na semana que vem, após os sete dias (de luto), ou na abertura da próxima temporada”, disse Cunha. 

No treino desta terça-feira, o auxiliar técnico Pintado conduziu um treino em campo reduzido para aperfeiçoar a troca de passes e a velocidade na criação de jogadores. O atacante Wellington Nem, nova contratação do clube, participou normalmente. Os jogadores, no entanto, mostraram abatimento. Após o treinamento, os jogadores foram liberados e só se reapresentam na terça-feira à tarde. Na última rodada do Brasileirão, a equipe enfrenta o Santa Cruz, no próximo dia 11 de dezembro, no Pacaembu. 

“Clima não tem (para jogar após o desastre com a Chapecoense), mas é necessário cumprir porque a vida continua. O campeonato tem seus desígnios legais: rebaixamento, clubes que ascendem à Libertadores, legalmente é preciso terminar o campeonato. Fico feliz que o Palmeiras tenha conquistado o título antes. Deu pra comemorar, e os cumprimento pelo campeonato”, disse Cunha.

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