Zetti vê Dênis à altura do São Paulo, mas avisa: “precisa conquistar títulos”

  • Por Luiz V. Andreassa/Jovem Pan
  • 14/02/2016 16h51
Rafael Souto/Jovem Pan O ex-goleiro Zetti é um dos maiores ídolos da história do São Paulo

Durante sua vitoriosa carreira, Zetti defendeu três dos grandes clubes paulistas: Palmeiras, Santos e São Paulo, onde teve suas maiores conquistas, como o Campeonato Brasileiro de 1991 e a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1992 e 1993. E é justamente o Tricolor que passa por um momento difícil, com a aposentadoria de Rogério Ceni. Em entrevista ao Jovem Pan Online, Zetti comentou essa transição e a falta o “M1to” faz.

“É uma transição pela qual o São Paulo vai passar, em relação a achar esse grande ídolo, esse capitão, novamente. Não vai ser de um dia para o outro. O Rogério fez ao longo da carreira essa condição, foi acontecendo com o passar do tempo. O próprio grupo vai se moldar a essa nova condição, independentemente de (o novo líder) ser o Dênis, o Lugano, ou o Rodrigo Caio, que é jovem, tem muita coisa à frente, e está há muito tempo no São Paulo. Nesse ano de 2016 o time vai sentir muito a falta do Rogério”, analisou o ídolo são-paulino.

Para Zetti, Dênis passa segurança como goleiro, mas precisa conquistar títulos para ser ídolo. “Eu acho que o Dênis é um grande nome para o São Paulo. É um jogador que tem de fazer por merecer, tem de treinar muito, não para substituir o Rogério Ceni, mas para se manter bem. O Dênis tem que ajudar o São Paulo a buscar as vitórias, a chegar às finais de competições. O grande ídolo do clube, na minha opinião, se torna um fenômeno quando ganha títulos”, disse.

Por fim, Zetti afirmou perceber mudanças na posição de goleiro nos últimos anos. “O treinamento de goleiros mudou bastante nesses quinze anos desde que eu parei. Mudou um pouco o conceito do goleiro brasileiro, o fato de jogar com os pés é uma necessidade muito grande, o goleiro tem de saber jogar fora da área. A saída de gol tem de ter um treinamento muito mais forte por parte dos treinadores de goleiros”, ponderou. Para ele, a Seleção está bem servida em sua meta atualmente.

“O Alisson é um grande nome no momento, me agradou a atuação dele contra a Argentina. Ele teve uma atuação muito boa, segura, saída do gol precisa. Acho que ele tem uma evolução muito grande pela frente, vai amadurecer mais. É um goleiro que pode se destacar mais ainda no cenário brasileiro”, concluiu.

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