Sem Borja até eventual final, Roger terá de “mexer em time que está ganhando”

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 10h06
Marcello Zambrana/Estadão Conteúdo Miguel Borja, Palmeiras, Roger Machado Convocado para a seleção colombiana, Miguel Borja desfalcará o Palmeiras até o evento primeiro jogo da final do Campeonato Paulista

Se uma das máximas do futebol diz que “em time que está ganhando não se mexe”, Roger Machado terá de sair do convencional para fazer o Palmeiras alcançar o melhor resultado possível no Campeonato Paulista. Sem poder contar com Borja, convocado para a seleção colombiana, até o primeiro jogo de uma eventual final, o treinador precisará alterar a dinâmica do setor de ataque alviverde nas fases mais agudas da competição estadual.

A admissão foi feita pelo próprio Roger, na entrevista coletiva após a vitória por 3 a 0 sobre o Novorizontino, no último sábado.

O treinador não considera ter, no milionário elenco palmeirense, um jogador com as mesmas características de Borja. Ou seja: precisará “reinventar” o setor ofensivo palestrino no jogo de volta contra o Novorizontino, na próxima quarta-feira, e, caso o time avance, nas semifinais.

Willian, que costuma jogar pelas pontas, e os jovens Fernando e Papagaio, que acumulam poucos minutos entre os profissionais, surgem como os principais candidatos a substituir o colombiano. Outro que já foi testado na posição, mas não agradou, foi o meia Alejandro Guerra.

“As características são diferentes”, reconheceu Roger. “Willian é diferente, Papagaio é diferente. É jogador mais de área, de bico a bico de área. O Miguel [Borja] sai mais para a lateral, procura a bola mais entre as linhas. O Papagaio é canhoto, com presença de área. O Fernando é jogador de mobilidade. Não tenho um jogador com as características do Borja, mas a gente consegue se adaptar”, acrescentou.

Enfim ajustado ao futebol brasileiro, Miguel Borja é o artilheiro do Palmeiras em 2018 e também o goleador máximo do Campeonato Paulista. Autor de seis gols no Estadual e de um na Libertadores, o colombiano se consolidou como titular e, inclusive, fez falta a Roger Machado quando não pôde jogar. Sem ele, a equipe alviverde soma apenas uma vitória, um empate e uma derrota em três jogos no ano (aproveitamento de 44%). Já com o colombiano em campo, são nove vitórias, um empate e uma derrota em 11 partidas (85%).

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