Poucos gols, muitas polêmicas: Felipe Melo completa um ano no Palmeiras

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2018 09h52
Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação Felipe Melo está no Palmeiras desde o começo de 2017 e marcou 2 gols nos 32 jogos que atuou

“Se tiver que dar porrada, vou dar porrada. Se tiver que dar tapa na cara de uruguaio, vou dar. Lógico que com responsabilidade”. Foi com esta célebre frase, sempre lembrada por torcedores e críticos, que Felipe Melo iniciou sua trajetória no Palmeiras. Há um ano, o volante foi apresentado pelo Alviverde, começando ali uma relação de amor e ódio com torcida, comissão técnica e imprensa.

Se, em campo, há discordância quanto ao desempenho do “Pitbull” – foram apenas dois gols, ambos no Paulistão, em 32 jogos – fora dele Felipe Melo se mostrou muito eficiente em declarações e momentos incendiários, que vão desde o “tapa na cara em uruguaio” ao desentendimento com Cuca.

No dia do aniversário da apresentação de Felipe Melo no Palmeiras, a Jovem Pan relembra algumas das polêmicas que marcaram o primeiro ano do volante no Verdão. Confira:

“Nunca vi caldeirão com oito mil”

Em clássico na Vila Belmiro, o Palmeiras venceu o Santos, pelo Campeonato Paulista, e o “Pitbull” dançou, pediu barulho e não desperdiçou a chance de ironizar a capacidade de público do estádio santista: “a gente está acostumado a jogar em caldeirão. Nunca vi caldeirão com oito mil pessoas. Caldeirão é lá no chiqueiro, pô”, declarou o jogador em entrevista ao Sportv. Ele também aproveitou para reclamar da seriedade dos jogadores diante da imprensa e torcedores.

“Eu gostava muito do tempo de Romário, Edmundo, hoje é muito mimimi. Não vamos deixar o futebol morrer, isso faz parte. Sem briga, sem confusão”.

Promessa cumprida

No final das contas, o tapa deu lugar a um soco, mas Felipe Melo cumpriu sua promessa de dar “na cara de uruguaio” na partida contra o Peñarol, em Montevidéu. Após o término do jogo, com vitória de virada do Palmeiras por 3 a 2, os jogadores foram encurralados pelos uruguaios.

Rodeado e tentando se defender, Felipe Melo acertou dois socos em Matias Mier e correu para a saída do gramado, que estava fechada. A briga se estendeu também aos vestiários e à arquibancada. Posteriormente, a imagem do soco virou um quadro na casa do volante.

“Deus abençoe todos os trabalhadores e ‘pau’ nos vagabundos”

Durante o feriado de Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, Felipe Melo postou em seu Instagram um vídeo em que declarou apoio ao pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro: “posso falar uma coisinha? Deus abençoe todos os trabalhadores e ‘pau’ nos vagabundos. Bolsonaro neles”.

Diante da repercussão, Felipe Melo explicou a quem se referia ao usar a palavra “vagabundo” e reforçou seu apoio ao presidenciável: “quando eu falo de vagabundo, eu falo de pessoas que querem tumultuar o nosso país. Então, hoje vai meu abraço especial para todos aqueles que correm atrás, todos os trabalhadores. Deus abençoe todos vocês e, sim, eu sou Bolsonaro”.

“Com esse cara, eu não trabalho”

No fim de julho, Felipe Melo foi afastado pelo então técnico do Palmeiras, Cuca. Em áudio vazado dias depois, o volante afirmou que o treinador era “covarde, mau-caráter, mentiroso” e que havia outros clubes interessados nele, como o Flamengo. Depois, o “Pitbull” pediu desculpas pelo áudio e culpou “algumas champanhes”.  

Durante o afastamento, jogador chegou a acionar o clube na Justiça para poder voltar a treinar. Após várias tentativas de reconciliação, Felipe voltou a ser relacionado somente em outubro, na última partida antes da demissão de Cuca.

Felipe x Clayson

No decisivo clássico contra o Corinthians, que valia a liderança do Brasileirão, Felipe Melo não entrou em campo, mas protagonizou uma quente discussão com o atacante Clayson. Na saída para o vestiário, o volante foi visto atirando um objeto no rival alvinegro. A justificativa foi de que Clayson teria dado uma cusparada em Felipe. A confusão custou um jogo de suspensão para ambos os jogadores.

O Palmeiras saiu derrotado do clássico e acabou saindo da briga pelo título. Na mesma semana, a bilheteria do Allianz Parque amanheceu pichada pelos torcedores e, entre os protestos, havia um pedido de “Felipe Melo + 10”.

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