Ronaldo duvida que Messi e CR7 dominariam sua geração: “ser o melhor era muito mais difícil”

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2018 12h00
Reprodução Ronaldo foi três vezes vencedor do prêmio de melhor do mundo da Fifa

Nos últimos dez anos, dois nomes dominaram as premiações de melhor jogador do mundo: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, com cinco Bolas de Ouro para cada lado. Hoje imbatíveis, há quem ache que os dois craques não teriam a mesma sorte se jogassem há duas décadas atrás. Quem compartilhou dessa opinião foi Ronaldo “Fenômeno”, três vezes eleito o melhor do mundo pela Fifa, em entrevista ao jornal alemão Sport Bild.

“Na minha geração, a competição era muito maior do que agora, sem querer diminuir Messi e Cristiano Ronaldo. Eles irão lutar pelo título de melhor jogador do mundo pelos próximos anos, mas no meu tempo nós tínhamos Zidane, Rivaldo, Figo, eu, e depois Ronaldinho. Aquela foi uma geração em que ser o melhor era muito mais difícil”, afirmou o ex-jogador.

De 1996 a 2007, a eleição da Fifa teve oito vencedores diferentes: Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Zidane (1998, 2000 e 2003), Rivaldo (1999), Figo (2001), Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005), Fábio Cannavaro (2006) e Kaká (2007). Além destes, a geração do fim da década de 1990 e começo de 2000 ainda contou com craques como David Beckham, Raul e Thierry Henry, que bateram na trave em algumas premiações.

Ronaldo apontou também que, assim como os prêmios individuais, a Copa do Mundo também não deve mudar de mãos neste ano. Para ele, a Alemanha é a principal favorita ao título na Rússia, porém a evolução apresentada pela Seleção Brasileira nos últimos anos também a coloca como forte concorrente ao Mundial.

“O Brasil é forte novamente, desde Tite como novo treinador. Existe um certo padrão de jogo que a equipe consegue manter. Como comentarista de TV, acompanho quase todas as partidas e vejo um desenvolvimento. Uma equipe compacta, unida, motivada e que joga rápido. A Seleção recuperou o respeito e está jogando um excelente futebol novamente. A Alemanha é a número 1 do ranking da FIFA e, portanto, é a maior favorita. Atrás deles vem a Espanha e o Brasil”, analisou Ronaldo, que apontou ainda o respeito que a torcida brasileira tem pela Alemanha, mesmo após o 7 a 1.

“Ninguém ficou bravo (com a seleção alemã) por causa desse jogo, a amizade que se formou com os alemães por aqui foi algo maravilhoso. Eles mostraram calor humano. Eles fizeram um trabalho maravilhoso não só no campo. Foram para Santa Cruz Cabrália (interior da Bahia), se integraram, iniciaram projetos que ajudam a comunidade até hoje. Isso foi exemplar para nós brasileiros”.

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