Rummenigge diz que preferia erguer estádio com dinheiro pago pelo PSG por Neymar

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/08/2017 12h29
Primeiro treinamento de Guardiola deverá atrair 25 torcedores do Bayern de Munique Divulgação Bayern de Munique gastou 346 milhões de euros na construção da Allianz Arena

O CEO do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, disse que nunca gastaria nada perto dos 222 milhões de euros (cerca de R$ 819 milhões) que o Paris Saint-Germain pagou para tirar o brasileiro Neymar do Barcelona. Rummenigge afirmou que preferia construir um estádio com o dinheiro empreendido no negócio, que se tornou a contratação mais cara da história do futebol mundial.

“Durante a transferência de Neymar, me perguntei sobre uma questão mais importante: Neymar ou o Allianz Arena? Tenho que dizer claramente que prefiro a Allianz Arena, que é mais importante. Nós do Bayern de Munique temos uma filosofia diferente”, enfatizou o dirigente alemão em entrevista à revista alemã Bild, publicada nesta quarta-feira (9).

O Bayern contraiu um empréstimo de 346 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,27 bilhão na cotação atual), em 2005, para a construção do seu novo estádio, nos arredores de Berlim, que deveria ser quitado em 30 anos, mas que já foi totalmente pago em 2014. O clube alemão tem como recorde em negociações com jogadores a contratação do francês Corentin Tolisso, ex-Lyon, pelo qual gastou 41,5 milhões de euros (cerca de R$ 152,8 milhões) para contar com o meio-campista.

“Nós não queremos e não podemos fazer isso (gastar como o PSG). E está tudo bem. Também é visto como um caminho certo pelo público e pelos nossos torcedores. Acho que deveríamos sentar à mesa, seria a minha proposta. Poderíamos encontrar regras mais racionais para o futebol como um todo. Caso contrário, o público não o entenderá mais e os torcedores perderão sua conexão com a equipe”, finalizou Rummenigge.

O ex-jogador da seleção alemã e hoje dirigente de peso do Bayern também ressaltou que a Fifa, a Uefa, as ligas nacionais europeias e entidades como a FIFPro, que é a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol, “deveriam discutir isso”, se referindo ao fato de que uma contratação com as cifras como esta de Neymar acabam sendo vistas como desleais no mercado.

Levado à capital francesa a peso de ouro, o astro brasileiro assinou contrato de cinco temporadas e a sua contratação superou com sobras a que até então era mais cara da história do futebol, ocorrida no ano passado, quando o Manchester United desembolsou 105 milhões de euros (aproximadamente R$ 387 milhões) para tirar o francês Paul Pogba da Juventus.

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