Dunga fala em “momento de ceder” a clubes do Brasil e explica cartilha polêmica

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2014 11h50

Técnico disse que cartilha não proibirá ninguém de fazer o que bem entende

Divulgação/CBF Dunga fala em "momento de ceder" a clubes do Brasil e explica cartilha polêmica

O técnico Dunga convocou a Seleção Brasileira, na manhã desta quinta-feira (23), sem nenhum jogador que atua no futebol brasileiro, que estão na reta final da disputa do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. Na coletiva realizada após revelar os 23 jogadores que participarão dos amistosos contra Turquia e Áustria no início de novembro, o comandante da equipe nacional garantiu que sempre pensa nos times do Brasil e que “era o momento de ceder”.

“Não é que dessa vez pensamos nos clubes brasileiros, sempre pensamos neles. Como estamos a frente da seleção temos que pensar em convocar os melhores. Mantemos contatos com vários treinadores e dirigentes e somos sensíveis com as responsabilidades que os clubes tem. Chegou num momento em que precisamos dar espaço aos jogadores brasileiros e convocar novos atletas. Era o momento de cada um ceder um pouco”, explicou.

Dunga e Gilmar Rinaldi falaram sobre a cartilha de conduta criada pela CBF, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo na última quarta-feira. Os dois líderes do projeto pós-Copa do Brasil argumentaram e deixaram mais claro do que se trata as novas regras para quem ficar concentrado durante as convocações.

O gaúcho garantiu que não está proibindo nenhuma ação dos jogadores e que as regras adicionadas à uma cartilha antiga são para manter o bom convívio entre eles. Na nota do diário paulistano, itens como bonés, brincos, chinelos são proibidos. Manifestações políticas também foram listadas.

“Como em qualquer empresa tem que ter conduta. Para a boa harmonia da família, tem que ter conduta. Não é proibido, não proibimos nada. Sugerimos algumas coisas para o bom convívio. Não existe cartilha, existe organização. Só acrescentamos o que achamos importante para haver uma boa convivência. Na minha forma de trabalhar eu não proíbo nada, a decisão de aceitar vai de cada um. Os jogadores aceitaram saber até onde cada um pode ir”, afirmou Dunga.

“Não tem penalidade, isso é para organizar o comportamento. A CBF sabe a responsabilidade que tem e cada um de vocês sabem disso”, completou Gilmar Rinaldi.

Com quatro vitórias em quatro jogos disputados após o vexame na última Copa do Mundo, a Seleção Brasileira tenta fechar o ano invicta. No dia 12, os pentacampeões enfrantam a Turquia, em Istambul. Cinco dias depois, a equipe desembarca em Viena para medir forças contra a Áustria.

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