Rivalidade Brasil x Colômbia desagrada a Freddy Rincón: “é negativa”

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2016 12h21

Campeão mundial com o Corinthians Estadão Conteúdo Freddy Rincón foi campeão mundial com o Corinthians em 2000

Adversária do Brasil nesta terça-feiraa Colômbia se tornou uma pedra no sapato do futebol verde e amarelo nos últimos anos. Não por eliminações traumáticas ou vitórias acachapantes, mas pela adoção de um estilo hostil, que por vezes ultrapassou limites e proporcionou partidas violentas.

A joelhada de Zúñiga em Neymar na Copa do Mundo, a expulsão do maior craque brasileiro na Copa América e a pancadaria nas quartas de final dos Jogos Olímpicos confirmaram: a rivalidade entre Brasil e Colômbia cresceu de modo significativo de 2014 para cá.

Há, porém, quem desaprove este novo antagonismo do futebol sul-americano. Ídolo tanto no Brasil quanto na Colômbia, Freddy Rincón concedeu entrevista exclusiva a Mauro Beting, da Rádio Jovem Pan, e disse que não está gostando de ver os rumos que a mais recente rivalidade do continente tem tomado.

Para o ex-volante, que recentemente foi absolvido das acusações de envolvimento com o narcotráfico, os jogos entre Brasil e Colômbia têm apresentado uma hostilidade desnecessária – que, não à toa, quase sempre rende jogadas violentas e confusões com a arbitragem.

“Está se tornando uma rivalidade cada vez maior, mas eu acho que é uma coisa negativa. A rivalidade natural é uma coisa… Mas, do jeito que as coisas estão sendo levadas, Brasil e Colômbia estão mostrando um futebol muito violento, o que não é legal para ninguém, opinou Freddy Rincón.

O mais novo clássico do futebol sul-americano começou a pegar fogo em 2014, mais precisamente nas quartas de final da Copa do Mundo – como conta a reportagem especial de Zeca Cardoso, que pode ser ouvida no player abaixo. O jogo disputado em Fortaleza foi o mais faltoso de todo o torneio e ficou marcado pela forte entrada de Camilo Zúñiga em Neymar. Com uma joelhada, o colombiano fraturou uma das vértebras do brasileiro e fez a Seleção perder o seu principal jogador até o fim do Mundial. 

No ano seguinte, Brasil e Colômbia voltaram a se encontrar, mas pela primeira fase da Copa América. Em jogo nervoso, novamente Neymar se tornou o centro das atenções. Com a tarja de capitão, o camisa 10 brasileiro se descontrolou com as provocações rivais, agrediu jogadores colombianos e foi expulso. Horas depois, levou gancho pesado da Conmebol e foi suspenso das quatro partidas seguintes do Brasil. 

O último capítulo da intensa e recente rivalidade aconteceu há poucas semanas, em solo paulistano. Pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos, os times sub-23 de Brasil e Colômbia protagonizaram um novo duelo tenso e violento, desta vez na Arena Corinthians. A pancadaria rolou solta durante os 90 minutos, e Neymar (de novo ele) foi caçado em campo. A diferença foi que, na Rio-2016, o craque brasileiro brilhou com um gol de falta e saiu de campo apenas depois do apito final 

É exatamente isto o que Tite e a torcida brasileira esperam que se repita nesta terça-feira, em Manaus. Decisivo, o jogo está marcado para às 21h45 (de Brasília) e será válido pela oitava rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a próxima Copa do Mundo.

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