Testemunha afirma que pagou propina de R$ 8,8 milhões para José Maria Marin

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/11/2017 16h15 - Atualizado em 16/11/2017 16h26
Sidney Oliveira / Agência Pará Futebol CBF José Maria Marin José Maria Marin nega ter recebido qualquer dinheiro indevido

O empresário Alejandro Burzaco disse no Tribunal do Brooklin, em Nova York, nesta quinta-feira (16), que pagou US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 8,8 milhões) ao ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

Burzaco afirmou também que Marin ganharia outros R$ 6 milhões se o esquema de fraude para obtenção de direitos de transmissão de competições, como a Libertadores e o torneio Copa do Brasil, não tivesse sido descoberto. O argentino, ex-executivo da empresa Torneos y Competencias, é uma testemunha-chave no processo da Justiça norte-americana contra o ex-presidente da CBF.

Burzaco disse também que a empresa pagou US$ 4,5 milhões em suborno (R$ 17 milhões) ao ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Angel Napout, além de US$ 3,6 milhões (R$ 11,8 milhões) ao ex-presidente da Federação Peruana, Manuel Burga.

O dirigente peruano, aliás, teve os termos de sua prisão domiciliar revistos pela juíza Pamela Chen, depois de ter ameaçado o empresário argentino durante a sessão de segunda-feira do tribunal. As condições da prisão ficaram mais duras.

Presidente da CBF entre os anos de 2012 e 2014, José Maria Marin tem negado ter recebido qualquer dinheiro indevido.

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