Zeca chora, diz que não joga mais pelo Santos e que sua mãe foi ameaçada de morte

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/02/2018 18h26
Divulgação/Ivan Storti/Santos FC Zeca entrou com uma ação na Justiça contra o Santos por conta de atraso no pagamento de FGTS

Um dia depois de o atual presidente do Santos, José Carlos Peres, afirmar que o lateral-esquerdo Zeca abandonou o clube e teria de pedir desculpas para poder voltar a vestir a camisa do time, o jogador revelou nesta sexta-feira (9), em entrevista coletiva, que não mais defenderá a equipe da Vila Belmiro e até chorou ao revelar que sua mãe recebeu ameaças de morte, por telefone, de torcedores indignados com a postura do atleta em relação ao clube.

O jogador moveu processo contra o clube na Justiça do Trabalho alegando atraso no recolhimento do seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e, por meio de uma liminar obtida no final do ano passado, conseguiu rescindir seu contrato.

O clube nega possuir esta dívida com o atleta e Peres, eleito presidente santista no final do ano passado, informou ter obtido uma outra vitória na Justiça, referente a uma liminar que obriga clubes brasileiros a assinarem carta de crédito de R$ 50 milhões em favor do Santos para contratar Zeca.

Zeca, entretanto, assegura que tem valores a receber do clube e aproveitou para confirmar o fim de sua passagem pela equipe. “Eu não volto mais ao Santos por tudo o que já aconteceu. A Justiça vai ser feita, estou do lado certo”, enfatizou Zeca, que criticou a postura do atual mandatário do Santos também ao lembrar que a sua briga com o clube começou na gestão do ex-presidente Modesta Roma Jr.

“A declaração que ele deu me surpreendeu. Ele tinha de ter outra atitude, ter procurado meus empresários, não dar pancada e fazer coisas para me prejudicar. Estou treinando todos os dias. Sobre voltar ou não é com os meus empresários. Voltar ao Santos não cabe a mim mais. Por tudo o que aconteceu. Se a Justiça for feita honestamente, se Deus quiser vai dar tudo certo”, disse o jogador.

Zeca acusa os dirigentes santistas de terem sido “covardes” com ele e de “manipulá-lo dentro do próprio local de trabalho”, assim como o atleta não segurou as lágrimas ao contar sobre as ameaças que disse que a sua mãe sofreu.

“Ressalto que eu entrei no futebol para ajudar a minha família. Eu não entrei pra trazer problemas para a família, mas querendo ou não eu estava trazendo. Minha mãe tem um problema psicológico, toma remédio controla e estava sem tomar remédio há três dias. E ela ficou desesperada para ir embora, ameaçaram ela de morte, trouxe ela para Santos justamente por isso. Reabilitamos ela. Ela viu o filho dela passar o que estava passando e ficou muito chateada”, afirmou, às lágrimas, Zeca.

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