Lochte pensou em se suicidar após Rio-2016: “fiquei próximo de desligar a vida”

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2017 16h25
EFE Ryan Lochte alegou que foi assaltado no Rio de Janeiro e teve o passaporte apreendido

Em entrevista à revista norte-americana ESPN, o nadador Ryan Lochte, dono de 12 medalhas olímpicas, disse que pensou em tirar a própria vida após o escândalo em que se envolveu nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, se tornar público. O norte-americano inventou ter sido vítima de assalto quando voltava para a Vila Olímpica.

Segundo a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Lochte e outros três nadadores dos Estados Unidos protagonizaram atos de vandalismo em um posto de gasolina, onde foram obrigados pelos seguranças do estabelecimento a pagarem pelo prejuízo. Para tentar contornar a situação, eles disseram que foram roubados e registraram a ocorrência.

Depois que a Polícia descobriu a verdadeira história, a Justiça decretou a apreensão dos passaportes dos nadadores, mas Lochte já tinha voltado aos Estados Unidos. O nadador, juntamente com James Feigen, acabou sendo indiciado por falsa comunicação de crime – Gunnar Bentz e Jack Conger foram multados.

“Depois do Rio, eu provavelmente era a pessoa mais odiada do mundo. Havia alguns pontos onde eu estava chorando, pensando: ‘Se eu for na cama e nunca mais acordar’”, disse o nadador em entrevista à revista norte-americana, confirmando que ele teria cogitado a ideia de cometer suicídio. “Fiquei próximo de desligar toda a minha vida”.

Na entrevista à revista ESPN, Lochte disse ter aprendido com o erro e prometeu ser e fazer sempre o melhor desde então. “Tudo acontece por um motivo. Eu vou ser perfeito? Não. Mas, esse incêndio me deixou animado para disputar os Jogos Olímpicos em Tóquio”, completou. “Todo mundo vai ter que ficar atento”.

Nos Estados Unidos, o nadador acabou recebendo uma punição de 10 meses sem poder competir por conta do escândalo. A sanção, imposta pelo Comitê Olímpico local e Federação Americana de Natação, impediu que Lochte participasse do Campeonato Mundial de Natação, no próximo mês, na cidade de Budapeste, Hungria.

O nadador também perdeu o direito a um bônus de US$ 100 mil concedido aos atletas que ganharam medalhas de ouro nas Olímpiadas do Rio de Janeiro. Além disso, perdeu o patrocínio mensal do USOC e do USA Swimming, e ficou proibido de acessar centros de treinamento oficiais e teve que cumprir 20 horas de trabalhos comunitários.

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