Autor de “gesto atípico” no Pan, Marcos Toledo elogia nível do basquete brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2015 19h40
Reprodução/Facebook Marcos Toledo entregou uma das medalhas de ouro do Pan ao técnico Rubén Magnano

O ala Marcos Toledo foi o autor de um gesto espontâneo e nobre durante a entrega das medalhas após a final do basquete masculino no último Pan-Americano, disputado em Toronto, no Canadá. Quebrando protocolos, o ala pegou uma das medalhas que sobraram e a entregou ao técnico argentino Rubén Magnano, da Seleção Brasileira. Agora disputando o NBB, Toledo comentou o gesto, falou sobre jogar no NBB e projetou o futuro em entrevista ao repórter Fredy Junior, da Rádio Jovem Pan.

“O gesto foi um pouco atípico. Nunca tínhamos feito uma competição com onze jogadores, um deles se contundiu às vésperas, e ao ganhar a medalha acabou sobrando uma. Como eu era o número 15, o último jogador, acabei dando essa medalha para o Magnano, que era o cabeça dessa competição. Foi a primeira medalha que ele ganhou pelo Brasil e vai poder guardar pelo resto da vida”, disse o jogador. “Ele ficou bastante emocionado porque não foi um gesto da CBB, mas de uma pessoa que ele coordena. O trabalho foi bem feito e ele recebeu a medalha das nossas mãos”.

Apesar da conquista sobre o Canadá no Pan, a Seleção Brasileira de basquete decepcionou no pré-Olímpico. Para Toledo, não há desculpas para a má atuação na competição. “Nós falhamos. Não foi o esperado, mesmo entre a gente. Vínhamos animados por ter conquistado um título importante para o Brasil, sabíamos que o grupo era forte e poderia ter ido melhor. Mas não tem desculpa, os outros times foram merecedores das vitórias”, lamentou.

Mesmo assim, Marcos Toledo faz uma boa projeção para o basquete brasileiro. “O Brasil tem bons jogadores, se não tivesse não teria a NBB tão forte, não teria tantos jogadores atuando em alto nível na Europa e nove na NBA”, analisou o agora atleta do Solar Cearense. “É um desafio novo, com jogadores novos. A gente sabe que tem um bom caminho para ser percorrido, temos de criar uma identidade lutadora no time, defender com raça. Acho que isso vai criando nosso alicerce na temporada”, concluiu o ala.

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