Imprensa alemã assinala “morte do tiki-taka” após derrota da Espanha

Berlim, 19 jun (EFE).- A imprensa alemã destacou nesta quinta-feira a derrota da seleção espanhola por 2 a 0 contra o Chile, um resultado que eliminou a Espanha da Copa do Mundo do Brasil e que na opinião dos meios de imprensa germânicos marca “a morte do tiki-taka”

“O tiki-taka foi para casa” é o título do jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” em sua crônica de uma partida na qual, na sua opinião, o campeã na África do Sul 2010 não conseguiu “ter o ímpeto necessário” para derrotar o combinado do técnico argentino Jorge Sampaoli.

Para o jornal bávaro, a eliminação da seleção espanhola significa o “fim de uma era” após uma etapa vitoriosa com dois triunfos em Eurocopas e um Mundial.

O “Süddeutsche Zeitung” ressalta o golpe representado pelos sete gols sofridos pela equipe de um “desorientado Del Bosque”.

Não se mostra mais compreensivo com a equipe espanhola o jornal “Bild” que traz na capa de sua edição impressa um chamativo “Adios Weltmeister” (“Adeus campeão do mundo”) sobre uma imagem de um preocupado Iker Casillas.

“Espanha, agora vocês são só história” continua o “Bild” em suas páginas internas para definir uma derrota que representa “a morte do tiki-taka”, após conseguir três títulos consecutivos.

Contra o pobre jogo da Espanha, o periódico alemão destaca o jogo “mais dinâmico, mais mordido, melhor” realizado pelo combinado chileno.

A revista “Der Spiegel” chama a Espanha de “campeã ridicularizado”, após uma derrota que mostrou que “a equipe perdeu a fé em si mesma” e que não conseguiu suportar “uma pressão grande demais”.

“Der Spiegel” destaca que nenhuma das mudanças feitas por Del Bosque em relação a primeira derrota contra a Holanda funcionou, em uma equipe, que apesar das declarações prévias, não pareceu estar pensando na eliminação.

O meio alemão assinala que o técnico espanhol “errou em sua estratégia” quando considerou que “a experiência e os grandes nomes eram mais valiosos que a surpresa e a busca de uma nova orientação”. EFE