Com 37 anos, Demian Maia não pensa em parar: “só luto para ser campeão”

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2014 17h31

Após se recuperar de infecção Twitter/Reprodução Demian Maia

Um dos brasileiros de maior destaque no Ultimate Fighting Championship (UFC), Demian Maia esteve longe do octógono nos últimos meses por conta de uma infecção óssea (osteomielite) que teve no ombro e fez com ele que tivesse que ficar internado até. Porém, mesmo ainda não estando 100%, o astro do MMA já voltou a treinar e mira o retorno aos combater.

Atualmente com 37 anos de idade, Demian revelou, em entrevista à Jovem Pan, espera estar pronto em janeiro, caso o processo de reabilitação corra bem.

“Não tenho noção ainda, mas tenho a noção de que, se tudo continuar assim, acredito que em janeiro eu já esteja pronto para lutar”, disse. “Eu queria lutar o mais rápido para não perder o ritmo, pois é ruim para um atleta ficar tanto tempo parado”, prosseguiu.

Ao ser questionado sobre Rory MacDonald, que inclusive o derrotou em fevereiro, o brasileiro, que luta no meio-médio, disse que seria bom o canadense faturar o título e, no futuro, ambos se reencontrarem para uma revanche.

“Me perguntaram se seria legal se o MacDonald ganhasse o título e eu ganhasse o que tivesse que ganhar e tivesse uma revanche. Eu respondi que seria ótimo. Mas ele merece disputar o título, é a vez dele, e eu tenho que fazer a minha parte”, observou.

Já projetando o retorno de Anderson Silva ao UFC, Damian Maia crê que seu compatriota tem boas chances de superar Nick Diaz no UFC 183, no dia 31 de janeiro de 2015. Apesar disso, Maia acredita que Anderson vai retomar sua velha forma, mas não de forma imediata.

“Acho que sim, mas não nesta primeira luta. Acredito que ele vá ganhar, até pela diferença técnica e de tamanho, porque o Nick Diaz lutava no 77kg, mas voltar em altíssimo nível, para ganhar de um Weidman, vai ser necessário que ele faça mais uma luta após essa, pelo menos”, frisou.

Apesar de sua idade razoavelmente avançada, Demian não pensa em parar de lutar tão cedo.

“Eu acho que o esporte luta sempre foi um esporte longevo. Você vê os boxeadores, o (George) Foreman, que lutaram com 44, 45 anos, porque depende muito de experiência. E porque lutador, geralmente, é regrado, diferentemente de outros esportes, principalmente coletivos, que os atletas são desregrados. Lutador é muito regrado, então tem uma longevidade boa”, destacou. “Isso sem falar na tecnologia. Hoje em dia os treinos são mais modernos, machucam menos do que antigamente, e eu sei disso porque comecei a treinar nos anos 90. A gente fazia muita coisa por ignorância e, hoje em dia, o treino é mais eficiente e machuca menos, o volume é menor, apesar de a intensidade ser até maior. Você pode ir até quando o corpo aguentar”, completou.

Damian Maia ainda faz questão de deixar claro que a motivação para entrar em uma luta ainda é bastante alta. “O dia que eu não tiver mais vontade de ser campeão, eu paro de lutar. Eu só luto para ser campeão. Entrei neste esporte quando não existia dinheiro nenhum, não existia glamour, como existe hoje. Não tinha reconhecimento nenhum. Entrei na luta porque eu gosto de treinar, gosto de lutar e essa é minha vida até os 12 anos de idade. O dinheiro, essas outras coisas, foram boas, mas não é o principal”, finalizou.

Ouça a entrevista completa no áudio acima!

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