Com vida de técnico e jogador, Hugo Hoyama faz planos para o tênis de mesa nas Olimpíadas

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2015 17h04
MARKHAM, 21.07.2015 - PAN-TENIS-MESA - Hugo Hoyama treinador da equipe feminina de tenis de mesa passa orientação durante final de equipe do Tenis de Mesa no Centro Panamericanos de Markham no Canadá nesta terça-feira, 21. (Foto: William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress) Folhapress Como treinador

Com dez medalhas de ouro em Pan-Americanos no currículo, o mesatenista Hugo Hoyama encarou, na edição de Toronto 2015, um novo desafio. Aos 46 anos, ele foi o técnico da Seleção feminina do Brasil na competição, e comandou a equipe na inédita conquista de três medalhas. Agora, o atleta tenta conciliar a vida de jogador e treinador de tênis de mesa, e faz planos para o desempenho brasileiro em Olimpíadas.

“Foi um resultado histórico das meninas (no Pan de Toronto), conquistando duas medalhas de prata, uma de bronze no individual, todos fatos inéditos. No masculino ganhamos todas as medalhas possíveis. Mostramos que voltamos à hegemonia do tênis de mesa no Pan-Americano”, comemorou Hugo Hoyama, em entrevista ao repórter Fredy Junior, da Rádio Jovem Pan.

“Eu me emocionei bastante. Quando terminou o torneio de equipes eu falei pra elas que tinha certeza de que chegariam à final, e cada vez que eu pensava nisso ficava emocionado só de imaginar. Não falei nada para elas para não ser uma pressão a mais, mas queria passar confiança”, contou o treinador, que comandou Lin Gui (chinesa naturalizada brasileira), Carolina Kumahara e Ligia Silva na competição. Agora, o foco são os Jogos Olímpicos.

“No masculino, a chance de conseguir um bom resultado, chegar entre os oito primeiros, até brigar por uma medalha, existe. No feminino, a gente sabe que demos o primeiro grande passo em Pan-Americanos, mas nas Olimpíadas é diferente. O nível das asiáticas está bem acima, mas não vamos desistir. Quem sabe possamos fazer bons jogos para assustar e continuar crescendo”, projetou.

Para Hoyama, é bom continuar na rotina do Pan-Americano, mesmo que não mais como jogador. “Me sinto muito feliz de estar ainda junto com eles, principalmente com o Thiago Monteiro, que foi meu companheiro de Seleção por muito tempo. É legal poder ajudar de alguma forma. Ficamos juntos também no quarto, o trabalho que eles estão fazendo eu tenho uma parcela de ajuda. Espero que eles consigam mais do que eu consegui, porque aí quem vai ganhar é o tênis de mesa brasileiro”, disse. Thiago Monteiro foi bronze na competição masculina, enquanto Hugo Calderano (ouro) e Gustavo Tsuboi (prata) completaram o pódio verde e amarelo.

Mesmo trabalhando como treinador, Hugo ainda jogar profissionalmente como jogar. “Agora vou jogar pelo Palmeiras-São Bernardo, vou dar uma treinadinha para que possa, nos Jogos Abertos do Interior, no começo de novembro, ajudar a cidade a ter um bom resultado. Meu próximo compromisso com a Seleção vai ser em novembro, num evento-teste para as Olimpíadas”, afirmou. “Agora é cuidar um pouco do meu tênis de mesa. Como eu ainda defendo, com muito orgulho, as cores do Palmeiras-São Bernardo, não posso fazer feio”, brincou o mesatenista, que é palmeirense fanático e garantiu que estará no estádio no domingo para a partida contra o Atlético-PR.

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