“Não podemos ter doping na delegação brasileira em 2016”, diz secretário

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2015 14h12
Ana Cichon/Jovem Pan Marco Aurélio Klein

O Brasil tem uma grande meta para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016: não tem nenhum caso de doping em sua delegação. É o que diz o Secretário Nacional da Autoridade Brasileira do Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurélio Klein. Convidado do Esporte em Discussão desta quinta-feira (3), Klein destacou que os atletas brasileiros precisam de maior educação com relação ao doping e afirmou que as Olimpíadas deixarão um grande legado ao controle antidopagem brasileiro.

“A dopagem é uma questão ética. A dopagem é uma fraude ao resultado esportivo. Um simples comprimido para dor de cabeça pode fazer parte da lista de substâncias proibidas e é muito importante educar os atletas. Temos os jogos do Rio 2016 e tenho colocado isso de forma muito clara: não podemos ter nenhum caso de doping na delegação brasileira. É uma vergonha, é uma fraude com quem perde o pódio e nós temos o compromisso de trabalhar para que aqueles cerca de 400 atletas não tenham nenhum caso de doping”, afirmou Klein.

Um dos fundadores da ABCD, Marco Aurélio destacou que até pouco tempo, poucas entidades do esporte brasileiro se preocupavam com a questão do doping e, desse modo, faltou educação aos competidores.

“Quando começamos a estudar a implantação da ABCD, apuramos que das trinta federações dos esportes olímpicos, apenas seis tinham pessoas para cuidar da questão de dopagem. Não temos uma lista de medicamentos proibidos, e sim lista de substâncias. Então é preciso um grande trabalho de conscientização, de educação dos atletas”, afirmou.

O secretário da ABCD ainda valorizou o legado que será deixado para o controle de doping brasileiro após as Olimpíadas de 2016. Para Klein, a experiência adquirida pelos cientistas brasileiros será enorme.

“No que diz respeito ao controle de dopagem, sem duvida (haverá um grande legado). No plano cientifico, nem se fala. O laboratório receberá os profissionais que cuidarão do controle nos jogos olímpicos e paralimpicos. É a oportunidade que os cientistas brasileiros terão de conviver com esses técnicos da elite”, comemorou Klein que ainda elogiou o novíssimo laboratório criado no Brasil para controle antidoping.

“Temos hoje um laboratório novo que será usado nos jogos olímpicos. Chamado laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem é o mais bem equipado dos 35 laboratórios que existem no mundo”, completou.

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