Rio-2016 nega envolvimento em suposta compra de votos para ter Olimpíada

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/03/2017 09h23
RJ - COLETIVA/TOCHAOLIMPICA - ESPORTES - Mário Andrada, Diretor de Comunicação da Rio 2016 apresenta detalhes sobre o revezamento da tocha: percurso, horários, condutores e os principais pontos de interesse para a cobertura jornalística. A chama olímpica chega à cidade na quarta-feira, dia 3, e passa três dias percorrendo diversas regiões do Rio e Grande Rio. 02/08/2016 - Foto: ANDRé HORTA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO André Horta/Estadão Conteúdo Mario Andrada

O Comitê Organizador da Olimpíada do Rio negou envolvimento com a suposta tentativa de compra de votos na eleição para sediar os Jogos de 2016. Segundo reportagem publicada pelo jornal francês Le Monde, um empresário brasileiro pagou US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) ao filho de um integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI) três dias antes da votação, em outubro de 2009, que deu a vitória à capital carioca na disputa final para sediar o grande evento.

“O Rio ganhou porque tinha o melhor projeto e fez a melhor campanha”, afirmou o diretor de Comunicação da entidade, Mario Andrada. “O Rio venceu por uma diferença muito grande de votos, 66 a 32. Não teria cabimento comprar um voto, isso não influenciaria o resultado final”, acrescentou Andrada. 

“O Comitê não foi procurado pelos investigadores franceses nem pelo COI. O Rio-16, por sua vez e de acordo com Andrada, procurou o COI nesta quinta, depois de saber da denúncia. Se o Rio-2016 figurar nessa investigação será como vítima. Fizemos uma grande Olimpíada e agora está na moda jogar pedras, procurar defeitos, fazer denúncias”, completou o dirigente.

Na época em que foi selecionado, o Rio ficou em segundo lugar no primeiro turno de votação, eliminando Chicago e Tóquio, mas ficando atrás de Madri. No segundo turno, o Rio venceu por 66 votos a favor, contra 32 da capital espanhola. E o fato de ter vencido essa disputa recebendo mais que o dobro de votos de sua adversária direta chamou atenção.

À época, o então governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, protestou contra a escolha, levantando suspeitas de corrupção sobre o COI – que já havia sido centro de um escândalo internacional na escolha de Londres para os Jogos de 2012. “Eu ouvi dizer que o presidente (Lula, na época da vitória do Rio) veio fazer promessas ousadas aos representantes africanos”, afirmou Ishihara.

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