“Vim para Roland Garros em 1997 para ganhar um jogo só”, diz Guga

  • Por Estadão Conteúdo
  • 08/06/2017 10h36

Guga durante entrevista coletiva em Roland Garros

Reprodução / Twitter / Roland Garros Guga durante entrevista coletiva em Roland Garros

No dia em que completa 20 anos da sua primeira conquista em Roland Garros, Gustavo Kuerten voltou a marcar presença na sala principal de entrevistas coletivas na Philippe Chatrier, a quadra central do Grand Slam francês, nesta quinta-feira. O tricampeão em Paris conversou com os jornalistas sobre a data especial e lembrou da falta de expectativa antes de estrear na competição em 1997.

“Há 20 anos, nós viemos aqui para vencer só um jogo. Nunca pensei que estaríamos na segunda rodada. Foi o Roland Garros mais feliz que tive na vida”, recordou o ex-tenista catarinense, ao ser questionado sobre suas memórias daquele ano. 

Guga ficou marcado na história do Grand Slam por ser uma das maiores surpresas da competição. Em 1997, aos 20 anos, ele se tornou um dos tenistas de menor ranking a se sagrar campeão no saibro de Paris. Na época, era apenas o número 66 do mundo. Desde então, nenhum outro atleta de ranking tão pouco elevado levantou o troféu.

“Histórias como esta normalmente não se veem por aí”, reconheceu Guga, que admite que o título de 1997 foi “a maior façanha da minha vida”. Tanto pelo efeito surpresa quanto pelo incrível desempenho dentro de quadra. 

O título rende reconhecimento por parte de Roland Garros até hoje. Desde que começou a atual edição do torneio, o brasileiro vem recebendo uma série de homenagens, a começar pelo documentário produzido pela própria Federação Francesa de Tênis contando a trajetória do primeiro título. 

Depois do lançamento do vídeo nas redes sociais, Guga foi recebido com festa surpresa em Roland Garros no início do torneio. Nesta quinta, as festividades têm sequência com uma iluminação especial do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, com as cores azul e amarelo, em referência ao famoso uniforme vestido pelo brasileiro na campanha de 1997.

A iluminação, a partir das 20h30, faz parte de homenagem da entidade francesa em parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Os vínculos dos franceses com o Cristo datam do projeto da famosa obra, elaborada pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa em colaboração com o escultor francês Paul Landowski e o engenheiro francês Albert Caquot.

Outra homenagem vai acontecer na manhã de domingo, minutos antes do início da final masculina. Guga vai receber um anel especial concedido pelo Hall da Fama do Tênis. Poucos tenistas na história receberam a honraria. 

PALPITES – Diante dos jornalistas na entrevista coletiva, Guga não deixou de dar seu palpite sobre a final de domingo. Mesmo antes da disputa das semifinais, o catarinense cravou que o favoritismo é todo do espanhol Rafael Nadal, que busca o décimo título em Roland Garros.

“Vendo como ele está jogando agora, como favorito, dá para prever que ele vencerá mais três ou quatro títulos aqui, pelo menos. Acho que ele tem potencial para chegar aos 15 troféus aqui”, opinou o catarinense.

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