Ministério dos Esportes da Rússia nega denúncias do relatório McLaren

  • Por EFE
  • 09/12/2016 15h01

Vitaly Mutko EFE Vitaly Mutko

O Ministério de Esportes da Rússia negou nesta sexta-feira a existência de um sistema de doping patrocinado pelo governo do país, mas garantiu que irá averiguar todas as denúncias contidas na segunda parte do relatório McLaren.

“O Ministério dos Esportes afirma, como toda responsabilidade, que não existe um programa estatal de promoção do doping no esporte e continuará a luta contra o doping, se posicionando pela tolerância zero”, aponta comunicado divulgado pela pasta.

O texto lembra que, entre outras coisas, foram adotadas medidas legais, como uma lei que estipula pena de prisão para quem promove doping, além de ter criado uma comissão independente liderada pelo mais antigo membro do COI, Vitaly Smirnov, para investigar todas as denúncias.

Ainda de acordo com a nota divulgada pela pasta, a segunda parte do relatório, apresentada hoje por Richard McLaren, da Western University, do Canadá, será investigada minuciosamente.

O documento, divulgado mais cedo em Londres, aponta para o envolvimento de mais de 1.000 atletas russos em práticas de doping patrocinadas pelo governo do país.

“Os órgãos competentes estão analisando todas as circunstâncias incluídas na primeira parte do relatório, e o Ministério recomendará que também seja iniciada uma profunda investigação sobre a segunda parte”, informa o Ministério dos Esportes.

O Comitê de Instrução da Rússia divulgou ter interrogado mais de 60 atletas envolvidos com casos de doping, entre eles, as campeãs olímpicas Olga Kaniskina, da marcha atlética, e Ana Chicherova, do salto em altura.

Hoje, Richard McLaren usou o termo “conspiração” para definir o esquema sistemático de doping patrocinado pelo governo russo, garantindo que as competições esportivas entre 2011 e 2015, que teve participação dos atletas do país, tiveram resultados manipulados.

Na primeira parte do relatório, divulgada em 18 de julho deste ano, foi que apontou a existência do sistema, que estaria sob a supervisão do próprio Ministério dos Esportes e da polícia secreta do país (antiga KGB).

Por causa do documento, o COI suspendeu no fim de julho a equipe olímpica russa, que acabou liberada para participar dos Jogos do Rio de Janeiro. Dos Jogos Paralímpicos, no entanto, o país foi inteiramente banido. 

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