Antes do GP do Canadá, Mercedes diz que perda do favoritismo é “dolorosa”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/06/2017 11h20
EFE Mercedes

A Mercedes não é mais a favorita na Fórmula 1, e isso é algo que a equipe precisa se acostumar. O time vai para o GP do Canadá neste fim de semana depois de um desempenho decepcionante na prova anterior, em Mônaco, onde Valtteri Bottas terminou em quarto lugar e Lewis Hamilton, três vezes campeão mundial, só conseguiu a sétima posição. 

Pior ainda, a Ferrari conseguiu uma dobradinha com Sebastian Vettel à frente de Kimi Raikkonen. Após seis corridas, a Mercedes está atrás da escuderia italiana nos Mundiais de Pilotos e de Construtores, uma grande mudança depois de três anos de total domínio da Mercedes. 

“O sucesso histórico não se traduz no desempenho atual”, disse Toto Wolff, chefe de automobilismo da Mercedes. “Nós temos que lutar com tudo o que nós temos por cada vitória, pole, pódio e todos os pontos”, acrescentou o dirigente. 

Hamilton entrou nesta temporada perseguindo o quarto título mundial. Mas o britânico está 25 pontos atrás do tetracampeão Vettel, com um carro, da Ferrari, mais confiável. E o britânico também ficou fora do pódio no GP da Rússia, terminando em quarto lugar.

“É doloroso, mas não somos os favoritos para o campeonato deste ano. Nesse momento é a Ferrari”, disse Wolff, nesta terça-feira. “Eles têm um pacote muito forte e precisamos enfrentar o desafio de provar mais uma vez que somos a equipe a ser batida”. 

Enquanto a Ferrari não enfrenta problemas, a inconsistente Mercedes está lutando para encontrar o equilíbrio, o que inclui a dificuldade para lidar com os pneus, como ficou claro nos treinos do GP de Mônaco.

“Todo mundo nas fábricas está trabalhando muito para avaliar as dificuldades atuais que enfrentamos”, disse Wolff. “Algumas dessas soluções serão no curto prazo, outras podem demorar mais”

O circuito de Montreal será mais um desafio, pois é considerado um dos mais exigentes do calendário com retas de alta velocidade e curvas fechadas que fazem os pilotos usando os freios por quase 20% da corrida. 

“Poderá ser uma corrida traiçoeira para nós por causa do design da pista. Mas também é um circuito que se adapta aos nossos pilotos. Hamilton venceu várias vezes no passado”, afirmou Wolff, lembrando que o britânico ganhou as duas últimas edições do GP do Canadá, ambas pela Mercedes, além de ter triunfado em 2007, 2010 e 2012 pela McLaren. 

As atividades do GP do Canadá começam nesta sexta-feira com a realização do primeiro treino livre, às 11 horas (de Brasília). A corrida está agendada para as 15h do próximo domingo.

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