Remodelado, circuito mexicano está quase pronto para receber circo da F-1

  • Por Agência EFE
  • 24/04/2015 21h14
EFE Christian Epp

O barulho das máquinas, guindastes e caminhões de carga se misturam durante os trabalhos de remodelação do lendário autódromo Hermanos Rodríguez, que conta os dias para o Grande Prêmio do México de Fórmula 1.

Cerca de 500 operários cumprem longas jornadas para concluir a transformação da pista que foi construída em 1959 e passa pela maior remodelação até então, que deve estar pronta para a 17ª corrida de 2015, de 30 de outubro a 1º de novembro.

“Estamos fazendo a obra em várias frentes. Na maior, o pits-building, que tem 27 mil metros quadrados, já é possível ver um bom avanço. Estamos com tempo e vamos muito bem”, contou à Agência Efe, Christian Epp, da empresa do arquiteto alemão Hermann Tilke, encarregada pela reforma.

O edifício onde ficam os boxes, pódio, torre de controle e espaço para a organização do evento, está sendo totalmente reconstruído, explicou o responsável. Além disso, a reta principal, parte da arquibancada e os “esses” da pista já foram removidos e o centro de mídia está em plena construção.

Christian Epp explicou que, na próxima semana, começarão os primeiros trabalhos de asfaltamento da pista. Para isso, em março foi instalada no local uma fábrica de asfalto ecológico.

“Fizemos três testes em campo e fomos melhorando cada vez mais. Estamos gostando muito do último tipo e o estaremos liberando na semana que vem”, explicou.

A fábrica é capaz de produzir 250 toneladas de mistura de asfalto por hora, que deverão cobrir os 80 mil metros quadrados de pista, ou seja, os 4,3 quilômetros do novo traçado, 47 mil metros de áreas de escape em curvas e os 23 mil metros da área do paddock.

“Estamos muito bem, em tempo, e já dá para observar os avanços em algumas obras. O pits-building estará pronto no meio ou no fim de julho. No circuito, levaremos mais tempo, mas isso é normal enquanto os prazos de entrega são cumpridos”, analisou.

O engenheiro que trabalha para Tilke lembrou que o dia 1º de agosto “é uma data importante”, porque no marco dos 90 dias antes do Grande Prêmio, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) fará uma inspeção no autódromo.

“Queremos ter concluído 95% dos trabalhos, mas isso não significa que deixaramos de seguir trabalhando em alguns detalhes. O importante é mostrar que vamos estar em condições de ter um Grande Prêmio”, argumentou.

Um dos grandes desafios de Epp e da equipe de construção, que diariamente têm que resolver imprevistos, foi o afundamento do solo, uma característica da Cidade do México, que fica sobre um lago. O problema é maior principalmente no local do autódromo.

“O solo está saturado nesta pista, então é impossível colocar mais peso porque provocaremos afundamentos”, comentou Epp, que decidiu reconstruir o circuito para reduzir o peso e proporcionar uma durabilidade de vários anos com o novo sistema.

De acordo com o responsável pela obra, os especialistas mexicanos “sabem como dominar” o afundamento do solo e, assim como grande parte dos trabalhos de engenharia, os engenheiros locais auxiliam com soluções provadas.

Epp explicou que a empresa de Tilke, a empresa alemã que remodelou a maioria dos autódromos que fazem parte da Fórmula 1, está envolvida em todas as fases do projeto, mas que a responsabilidade na construção da obra está nas mãos de quatro empresas mexicanas.

“Elas têm que trabalhar sob os padrões que nós definimos”, disse o responsável pela remodelação. EFE

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