Saudades? Veja 10 motivos para acompanhar a Fórmula 1 em 2017

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2017 16h12 - Atualizado em 06/11/2017 11h37

Primeira corrida da F1 em 2017 será na Austrália Reprodução / Twitter / Mercedes AMG F1 Primeira corrida da F1 em 2017 será na Austrália

Após quatro meses de descanso, os motores da Fórmula 1 voltam a roncar em 26 de março, na Austrália.

O circuito de Albert Park será palco das primeiras voltas da temporada 2017 da principal categoria do automobilismo, que traz novidades nos carros – preparados para dar mais competitividade às corridas, e também nos pilotos, com novas caras, apostas, trocas de equipes e os grandes favoritos de sempre.

A dez dias do Grande Prêmio da Austrália, que abre o calendário da competição, a Jovem Pan Online listou dez motivos para você acompanhar as 20 provas do ano.

1. Carros mais agressivos

Corridas mais atrativas e competitivas. As mudanças aerodinâmicas aprovadas, como pneus maiores e mais largos – que permitem maior velocidade nas curvas -, têm este objetivo, além de tornarem os carros mais agressivos e velozes. A asa dianteira, também mais larga, permite que os pilotos fiquem mais próximos no momento da ultrapassagem. E, para a alegria dos fãs, os motores voltam a ser mais barulhentos, trazendo o ronco característico da categoria.

2. A beleza dos carros

Os designers capricharam nas mudanças visuais para esta temporada. A “tendência” entre todas as equipes foi o uso da “barbatana de tubarão” na lateral dos carros, abandonada há alguns anos. A McLaren abandonou o carro completamente preto e resgatou o laranja que usava até o começo da década de 1975. A Sauber, sem o amarelo do patrocínio do Banco do Brasil, investiu num azul metálico com dourado em comemoração aos 25 anos da equipe. Já Force India inovou e terá um carro rosa, inspirado no novo patrocinador. 

3. Briga na Mercedes

Vice-campeão do ano passado, Lewis Hamilton virá com motivação de sobra para não perder o título novamente nesta temporada. Com a aposentadoria do campeão Nico Rosberg, o companheiro de Lewis na Mercedes será o finlandês Valtteri Bottas, que terminou em oitavo lugar na temporada passada. O novo parceiro será capaz de destronar o inglês tricampeão do mundo?

4. A “desaposentadoria” de Felipe Massa

Com a saída de Bottas para a Mercedes, a Williams optou pelo retorno do brasileiro Felipe Massa, que chegou a se aposentar das pistas por algumas semanas após a temporada passada. O cartão de visitas de Massa com o novo carro da Williams chamou a atenção: o piloto chegou a ter o melhor tempo durante uma das baterias da pré-temporada. O ponto negativo foi seu companheiro de equipe, o jovem Lance Stroll, de apenas 18 anos, que bateu durante a fase de testes. Será que ele tem chances de surpreender em seu novo último ano?

5. O garoto prodígio

Se tem um jovem que chama a atenção na F-1 é o holandês Max Verstappen, da Red Bull. O garoto de 19 anos incomodou na temporada passada. Subiu “da categoria de base” (era piloto da Toro Rosso no começo do ano) e já estreou na Red Bull no lugar mais alto do pódio. Sua equipe é a única vista como capaz de bater de frente com a Mercedes e recuperar o topo do mundial após quatro anos.

6. Retorno da Ferrari?

A Ferrari não mudou seus pilotos nem promoveu grandes mudanças em seu carro, com exceção do retorno da lendária carroceria completamente vermelha. Mas é a Ferrari. E o grande objetivo da escuderia italiana é corrigir os erros que impediram um melhor desempenho na temporada passada. Raikkonen e Vettel chegaram a liderar baterias da pré-temporada.

7. A “quarta força”

Vivendo seu décimo ano na Fórmula 1 em 2017, a Force India desbancou equipes tradicionais como Williams e McLaren, e terminou em quarto lugar na temporada passada. Muito desse desempenho veio com a atuação do piloto mexicano Sérgio Pérez, que subiu ao pódio duas vezes (Monaco e Baku) em 2016. Será que o novo carro rosa da equipe vai continuar incomodando nas 20 corridas deste ano?

8. A nova chefia

No ano passado, o antigo chefão Bernie Ecclestone saiu de cena para dar lugar a Liberty Media, conglomerado norte-americano de entretenimento que adquiriu a Fórmula 1 por mais de R$ 27 bilhões. Como o ramo da empresa já indica, a meta do grupo é tornar a principal categoria do automobilismo muito mais midiática, recuperando a audiência que perdeu nas últimas décadas. Prova disso é o objetivo do novo CEO da categoria, Chase Carey, em transformar cada GP em um “Super Bowl”.

9. O futuro de Interlagos

Além da transição da “Velha F-1” para a “Nova F-1”, vai ser interessante acompanhar o futuro do Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Uma das principais propostas do prefeito João Doria é privatizar a área, e uma das empresas interessadas no negócio é a própria Liberty Media, segundo informações divulgadas recentemente pela revista Veja São Paulo. Sabe-se que a Fórmula 1 gosta da etapa brasileira do Mundial, mas resta descobrir o quanto ela está disposta a bancar pelo seu tradicional GP.

10. Volta às origens

O público brasileiro, que já não tem um ídolo que o motive a acordar cedo aos domingo, talvez não se interesse pelo automobilismo quanto em outros tempos, mas todos na Fórmula 1 parecem estar comprometidos em tornar as provas cada vez mais atrativas, investindo principalmente no saudosismo. Isso é visível na própria engenharia dos carros, que motiva ultrapassagens, voltas mais rápidas e um ronco do motor mais clássico. A temporada do ano passado já foi marcada por boas corridas, além da forte disputa entre os pilotos da Mercedes, decidida na última corrida, e da ousadia do garoto Verstappen, que deu uma graça a mais nas últimas provas. Quem sabe esse novo fôlego à F1 não motive algum patrocinador a bancar um novo brasileiro para a próxima temporada.

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