Se GP do Brasil ficar de fora em 2017, Fórmula 1 pode “morrer” de vez no País

  • Por Jovem Pan
  • 28/09/2016 19h59 - Atualizado em 06/11/2017 11h38
Reprodução Facebook Depois de 34 edições

O esporte que fez milhares de brasileiros acordarem cedo aos domingos e sentarem na frente da TV para torcerem por Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi pode estar com os dias contados no País. Nesta quarta-feira (28), a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou o calendário da temporada 2017, e o tradicional Grande Prêmio do Brasil não está confirmado.

Caso a prova disputada em Interlagos não seja realizada no próximo ano, isso pode significar a “morte” da Fórmula 1 no Brasil, já que a popularidade do esporte entre os brasileiros vem caindo nos últimos anos. O cenário não é favorável para os fãs da modalidade no Brasil por vários motivos, como a ausência de grandes duelos nas pistas, a hegemonia dos gringos nos pódios e, principalmente, a falta de pilotos brasileiros competitivos.

A última vitória brasileira na modalidade aconteceu em 2009, quando Rubens Barrichello cruzou a linha de chegada em primeiro lugar no Grande Prêmio da Itália. São sete anos sem vitórias, o maior jejum do Brasil na história da Fórmula 1. Atualmente, o País conta com dois pilotos: Felipe Massa, na Williams, e Felipe Nasr, na Sauber. Porém, nenhum dos dois dão sinais de que podem vencer corridas este ano.

Além disso, o País poderia ficar sem representantes no campeonato na próxima temporada. Massa anunciou a aposentadoria da Fórmula 1 para o fim deste ano, enquanto Nasr tem contrato até o término do atual campeonato e depende de uma negociação para prorrogar a sua permanência na equipe. Se não renovar o contrato, o Brasil ficaria sem piloto pela primeira vez desde 1970.

E a situação que já é ruim tende a piorar: o País não possui representantes na GP2, a porta de entrada para a Fórmula 1. Os brasileiros mais próximos de disputarem a modalidade estão na Fórmula 3 europeia, com Pedro Piquet e Sérgio Sette, e na Fórmula V8, com Pietro Fittipaldi e Vitor Baptista. No entanto, a falta de experiência deve adiar a chegada de um deles na categoria e a Fórmula 1 segue agonizando no Brasil, diante dos milhares de apaixonados por velocidade.

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