Segredos e apoios dão tom no primeiro aniversário do acidente de Schumacher

  • Por Agencia EFE
  • 28/12/2014 15h28

Alemão sofreu acidente na pista de esqui em Meribel EFE Completando 47 anos

A incerteza sobre a recuperação de Michael Schumacher, o secretismo em torno de seu estado e o apoio dos familiares, amigos e fãs incondicionais marcarão nesta segunda-feira o primeiro aniversário do grave acidente que sofreu o maior vencedor da história da Fórmula 1.

O heptacampeão mundial, que completará 46 anos em 3 de janeiro, permanece em sua casa em Gland (Suíça). Ele foi levado para o local em setembro após ter despertado do coma ao que foi induzido no hospital de Grenoble (França) e passado um tempo em uma clínica de reabilitação de Lausanne (Suíça).

Em sua residência, Schumacher trabalha diariamente na recuperação de suas faculdades, sensivelmente afetadas após sofrer graves lesões cranianas esquiando em Meribel, nos Alpes franceses. O processo, segundo os especialistas, pode durar vários anos e tem sucesso incerto.

Enquanto alguns médicos confiam que o ex-piloto poderá em algum momento voltar a ter uma vida normal, outros especialistas consideram que Schumacher ficará inválido.

Além de algumas especulações, em maior parte inconcretas, mas otimistas, quase não chegaram à opinião pública detalhes sobre a evolução do quadro do alemão. Tanto a família quanto a equipe médica estão guardando um estrito silêncio.

“Nunca poderei dar uma indicação séria (sobre a evolução de Schumacher). Simplesmente não é possível nesta situação”, declarou a assessora do heptacampeão, Sabine Kehm.

Em setembro, Sabine comemorou em comunicado que Schumacher havia “feito progressos a despeito da gravidade de seu ferimento”, mas acrescentou que ainda restava “um caminho duro e longo”.

Essas são as últimas declarações divulgadas sobre a situação do alemão. Em julho, a esposa Corinna Schumacher foi ambígua ao falar do marido: “Vamos continuar lutando, certamente lentamente, mas pelo menos avançando”.

O secretismo provocou um fato obscuro em agosto, quando foi roubado o relatório médico do heptacampeão e oferecido – sem sucesso – em troca de dinheiro a vários veículos de comunicação. O principal suspeito foi um membro da guarda área de salvamento suíço que se suicidou um dia após ser detido por esse motivo.

Apesar da administração da informação com conta-gotas, os fãs incondicionais de Schumacher continuam tendo muito presente o piloto que venceu 91 Grandes Prêmios de Fórmula 1, acumulou 155 pódios, 77 voltas mais rápidas e 68 pole positions.

O gigante tecnológico americano Google informou recentemente que “Schumacher” foi a palavra mais procurada na Alemanha neste ano; enquanto o Yahoo! revelou que o ex-piloto de Fórmula 1 foi o atleta mais procurado em 2014, deixando o atacante português Cristiano Ronaldo em segundo lugar.

Embora esta segunda seja o primeiro aniversário do acidente, não está previsto na Alemanha nenhum ato para lembrar a data. Em 29 de dezembro de 2013, enquanto esquiava com sua família e alguns amigos em Meribel, Schumacher sofreu uma grave queda e se chocou de cabeça contra uma pedra, o que lhe provocou um grande derrame no cérebro, mesmo usando capacete.

O piloto passou por duas cirurgias nas horas seguintes à batida e entrou em coma induzido por razões médicas. Em abril, começou a ter momentos de consciência, e em junho foi completamente acordado. Depois foi levado a uma clínica de reabilitação em Lausanne, onde permaneceu até setembro.

Em 13 de novembro, quando a primeira vitória do alemão na Fórmula 1 completou 20 anos, a família reativou sua página oficial, como resposta às incessantes mostras de afeto. O ex-piloto ainda recebeu o prêmio alemão Bambi, dado a pessoas com visão por seu sucesso e seus rendimentos.

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