Senna vencia, há 24 anos, seu primeiro GP do Brasil de forma dramática

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2015 18h24
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 24-03-1991: Fórmula 1: O piloto brasileiro Ayrton Senna, levana taça de campeão do Grande Prêmio Brasil, no autódromo de Interlagos, em Sao Paulo (SP). Nas últimas sete voltas, o piloto teve o câmbio de seu McLaren quebrado e usou apenas a sexta marcha. A imagem faz parte da exposiçã "Imagens de Fato - 80 Anos de Folha", no Masp (Museu de Arte de São Paulo). (Foto: Jorge Araújo/Folhapress) Folhapress Contornos épicos: Ayrton Senna chegou ao seu limite físico após perder as marchas de seu carro no GP do Brasil

O dia 24 de março de 1991 está marcado na história do esporte brasileiro. Foi nesse dia que o lendário Ayrton Senna venceu pela primeira vez em casa, no Grande Prêmio do Brasil, numa prova de roteiro de cinema. Para relembrar o aniversário de 24 anos dessa vitória, a Jovem Pan Online resgatou declarações do piloto sobre a corrida (ouça no player ao lado).

Em 1991, Senna já era um piloto consagrado, mas havia algo que o incomodava em sua carreira: nunca conseguira vencer em Interlagos, perto de sua torcida. Naquela temporada tampouco parecia que ele conseguiria conquistar seu objetivo, pois muitos fatores se colocaram entre o piloto e a vitória. Porém nenhum deles conseguiu mudar o destino – ao contrário, apenas valorizaram aquele momento épico.

Após largar na pole, Ayrton foi perseguido por Nigel Mansell. O britânico, no entanto, teve problemas com um pneu furado e perdeu 27 segundos nos boxes. A chuva que se insunuava nos céus de São Paulo desabou e deixou a pista de Interlagos extremamente escorregadia. Junto disso, as marchas do carro da McLaren começaram a falhar, e logo o brasileiro se viu limitado à primeira e sexta marchas.

Por conta disso, Senna começou a fazer voltas muito mais lentas que o italiano Riccardo Patrese, que começava a ameaçar sua liderança. Foi necessário muito esforço físico para dominar o carro com apenas duas marchas manuais e dirigi-lo até o fim da prova.

Ao sair do carro, Ayrton Senna teve de ser carregado – estava exausto até mesmo para ficar de pé. Nas entrevistas após a vitória histórica, o então bi-campeão (o terceiro campeonato viria naquele mesmo ano de 1991) agradeceu a Deus e descreveu de forma quase religiosa aquela jornada. Isso aumentou ainda mais a aura que envolveu Senna durante sua vida e sua relação com o povo brasileiro.

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