Três títulos, “quase morte” e referência: Niki Lauda, a lenda viva da F-1, faz 68 anos

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2017 23h08
Twitter/Reprodução Niki Lauda hoje é presidente não-executivo da Mercedes

Esta quarta-feira (22) é dia de homenagear um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1, a lenda viva, Andreas Nikolaus Lauda ou simplesmente Niki Lauda. Tricampeão mundial da maior e mais importante categoria do automobilismo mundial, o atual diretor da equipe Mercedes completa 68 anos de vida.

De personalidade forte, o ex-piloto ficou conhecido dentro das pistas pelo estilo frio e calculista – em 177 corridas, colecionou 25 vitórias e conquistou 54 pódios. Lauda estreou na F-1 em 1971, bancando do próprio bolso uma vaga na inexpressiva March. Dois anos depois, já na BRM, o austríaco chamou a atenção da Ferrari e foi contratado.

Sua história na escuderia italiana começou em 1974, quando conquistou suas primeiras vitórias na categoria – GP da Espanha e da Holanda. A ascensão seguiu e no ano seguinte Lauda se tornou campeão mundial após vencer cinco provas na temporada. Porém, o grande momento que vivia com sua Ferrari foi interrompido em 1976 devido a um grave acidente.

Durante o GP da Alemanha, disputado no sinuoso circuito de Nurburgring, Lauda perdeu o controle e bateu seu carro, que pegou fogo. O austríaco ficou preso às ferragens e foi levado em estado grave ao hospital. Durante o período que ficou internado, Lauda chegou a receber a extrema unção de um padre, mas surpreendentemente se recuperou.

40 dias após o acidente que quase lhe custou a vida, Lauda estava de volta às pistas, lutando pelo título daquela temporada até a última corrida, contra o rival James Hunt, que acabou levando a melhor. Essa disputa foi tão impressionante que a história foi retratada no filme “Rush, no Limite da Emoção”.

Se o acidente impediu a conquista do bicampeonato em 1976, um ano depois, porém, o austríaco voltou a brilhar com a Ferrari e alcançou seu segundo título na Fórmula 1. No fim da temporada, Lauda acabou trocando a escuderia italiana pela Brabham, dirigida na época por Bernie Ecclestone.

Apesar de toda qualidade, o austríaco não conseguiu manter os bons resultados e após dois anos sem sucesso, abandonou a categoria para se dedicar à companhia aérea que tinha acabado de fundar em seu país. Nesse período, chegou a trabalhar também como comentarista de TV, até que em 1982 decidiu retomar a carreira de piloto.

Lauda assinou com a McLaren e logo no primeiro ano conquistou duas vitórias. Apesar dos triunfos, o austríaco ficou longe da briga pelo título. O mesmo aconteceu no ano seguinte, quando enfrentou diversos problemas com seu carro. Mas, em 1984, junto com Alain Prost, fez grande temporada e por meio ponto de vantagem, conquistou seu terceiro título.

Em 1985, já com 36 anos, o então tricampeão mundial de Fórmula 1 pôs o fim definitivo em sua carreira. Mas, desde então, não conseguiu ficar longe da categoria. Apaixonado pela velocidade, na década de 90 trabalhou como consultor técnico da Ferrari e foi diretor da extinta Jaguar entre os anos de 2001 e 2003.

Nove anos mais tarde acabou sendo nomeado presidente não-executivo da Mercedes e se tornou um dos responsáveis pelo sucesso recente da escuderia alemã, que em 2014, 2015 e 2016 faturou o mundial de construtores e o de pilotos. Na última segunda-feira acertou sua renovação contratual com a Mercedes e vai permanecer, no mínimo, até 2020.

The passion never fades… #ForTheLoveOfRacing Paul Ripke #F1 #MotorSport #Racing #Cars #NikiLauda #TotoWolff #Singapore #NicoRosberg #LewisHamilton

Uma publicação compartilhada por Mercedes-AMG F1 (@mercedesamgf1) em

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.