De dispensado a MVP da final: a redenção do reserva que levou os Eagles ao título inédito da NFL

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2018 16h58
TANNEN MAURY / EFE Nick Foles foi o primeiro reserva a vencer o Super Bowl desde Tom Brady em 2001

Um verbo pode definir a campanha do Philadelphia Eagles até a conquista do Super Bowl: “surpreender”. O time não era cotado para liderar a Conferência Americana, poucos acreditavam que conseguiria ir longe nos playoffs depois da lesão de Carson Wentz e muita gente duvidou que superaria o poderoso New England Patriots para conseguir o primeiro Troféu Vince Lombardi na sua história.

O grande símbolo desta conquista é o quarterback reserva e MVP da decisão, Nick Foles. Um jogador de 29 anos que, ao contrário de Tom Brady, seu adversário na decisão e considerado por muitos como o maior jogador de todos os tempos, nunca foi um exemplo de carreira brilhante na NFL.

Foles foi draftado em 2012 pelos próprios Eagles e brilhou, levando o time aos playoffs no seu segundo ano como titular. Porém, um começo de temporada irregular e uma lesão na clavícula acabou forçando sua ida para o banco de reservas e, posteriormente, para fora do time, sendo trocado para os Rams, quando o time ainda era sediado em St. Louis.

Sem deixar saudade tanto nos Rams quanto no Kansas City Chiefs, onde também atuou, Foles chegou a considerar a aposentadoria, aos 27 anos, quando foi chamado de volta ao Philadelphia Eagles para esta temporada.

Sua nova missão era ser reserva do promissor Carson Wentz, que vinha fazendo uma temporada espetacular em seu segundo ano na NFL. Principal candidato a MVP neste ano, Wentz rompeu um ligamento do joelho e entrou na lista de grandes estrelas que sofreram lesões nesta temporada.

O sentimento geral após a lesão de Wentz, já há três semanas até o fim da temporada regular, era de que os Eagles não conseguiriam sobreviver nos playoffs. Sem sua principal peça e com derrotas nas rodadas finais, Philadelphia foi tratado com desconfiança contra os times que encontrou pelo caminho na pós-temporada.

Mesmo assim, o time massacrou os Vikings na final de conferência e bateu de frente com os Patriots em um dos Super Bowls mais emocionantes da história. Foi a redenção do primeiro quarterback reserva a vencer a final desde 2001, de um time completamente desacreditado e da alegria de toda uma cidade que entrou em delírio com a vitória improvável.

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.