Parreira pede para Tite “encarar” Seleção e não vilaniza CBF: dá liberdade a técnicos

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2016 13h33

Parreira garantiu que a CBF permite que os técnicos imponham suas ideias na Seleção

Divulgação Parreira garantiu que a CBF permite que os técnicos imponham suas ideias na Seleção

Técnico campeão mundial com a Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira comentou sobre a troca no comando do time verde-amarelo. Mesmo sem se referir nominalmente a Tite, Parreira revelou que a CBF costuma dar liberdade para que os treinadores implementem suas ideias na Seleção, e pediu para que o corintiano “encare” o desafio de assumir o Brasil – ainda mais agora, em um momento delicado e de muita pressão. 

Cada um tem uma filosofia de vida e de trabalho… Mas eu acho que, independente das circunstâncias, um convite para a Seleção Brasileira, feito a um treinador que nunca esteve lá, tem que ser aceito. Ainda mais em um momento tão difícil quanto este. Tem que encarar“, afirmou Parreira, em entrevista exclusiva a Nilson Cesar para a Rádio Jovem Pan. 

O carioca de 73 anos, que se aposentou depois de traumática experiência na coordenação técnica da Seleção em 2014, ainda tratou de tranquilizar Tite. Parreira fez questão de deixar claro que a CBF não limita novas ideias e nem interfere no trabalho dos treinadores que assumem o banco de reservas canarinho.  

Eu fui convidado três vezes para treinar a Seleção e não posso e nem devo reclamar de nada. As coisas que eu quis implementar, eu consegui”, garantiu Parreira. “A CBF tem esse lado político, técnico… Mas o treinador consegue implementar muitas das coisas que ele pretende. Evidentemente, não estou falando do lado salarial, mas de condições de trabalho. Se tem alguma ideia que quer implementar, a CBF permite. Ela dá todo apoio ao treinador“, acrescentou. 

Tite tem adiado o acerto com o presidente Marco Polo Del Nero justamente por desconfiar do respaldo que terá dentro da entidade. O corintiano, definitivamente, não quer que a sua imagem esteja ligada à do dirigente, manchada por denúncias nos EUA – há alguns meses, inclusive, o treinador assinou um documento pedindo a renúnica do mandatário. 

A fim de evitar problemas, Tite negocia para ter carta branca na montagem do novo departamento de futebol da Seleção. Com ela, o técnico teria mais garantias de que conseguiria adotar a própria filosofia de trabalho no selecionado nacional. 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.