Polícia Federal ameaça entrar em greve durante a Copa por melhores salários

  • Por EFE
  • 13/04/2014 16h44
RIO DE JANEIRO, RJ, 16.01.2014: FIFA/MARACANÃ/RJ - Chris Unger, representante da FIFA, e Thiago Paes, do Comitê Organizador da Copa de 2014, fazem vistoria no estádio do Maracanã nesta quinta-feira. Eles passaram por diversas dependências e no campo. (Foto: Erbs Jr./Frame/Folhapress) Folhapress Maracanã recebe representantes da Fifa e do Comitê Organizador da Copa

Cerca de 300 pessoas, entre agentes da Polícia Federal e seus familiares, protagonizaram neste domingo uma manifestação no Rio de Janeiro na qual advertiram que a classe pode entrar em greve durante a Copa do Mundo se suas reivindicações salariais não forem atendidas.

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Os manifestantes marcharam pela orla de Copacabana carregando cartazes nos quais exigiam um reajuste salarial, melhores condições de trabalho e um plano de ascensões.

“Toda vez que o sindicato (de policiais) se reúne com o governo, damos um passo para trás. Vamos esperar até a Copa, mas estamos com a mesma proposta dos colegas de Brasília e de outros estados: parar durante a Copa”, afirmou o presidente do Sindicato de Servidores da Polícia Federal em Rio de Janeiro, André Vaz de Mello.

O sindicato dos agentes da Polícia Federal figura entre os quais, faltando apenas dois meses para o Mundial, pretendem aproveitar a proximidade do evento para pressionar por aumentos salariais maiores aos negociados até agora.

De acordo com Mello, a Polícia Federal pode manter suas atividades principais e parar de fazer o controle nos aeroportos, onde teriam que verificar a documentação dos milhares de turistas que são esperados para o Mundial.

“O governo vai ter de abrir a porta e deixar entrar pessoas procuradas (pela Polícia de outros países), terroristas e outras que são um risco para a sociedade e para o Brasil em um evento tão importante como o Mundial”, afirmou ao citar as possíveis consequências de uma paralisação nos escritórios de imigração dos aeroportos.

As outras paralisações prometidas afetariam setores igualmente de grande responsabilidades durante o Mundial, como a produção de bebidas e alimentos, o transporte aéreo, o transporte público, a hotelaria e a indústria do turismo.

Os sindicatos pretendem repetir o êxito alcançado por empregados de setores como a construção civil, que obtiveram elevados ajustes salariais após paralisar obras estratégicas para o Mundial, como os estádios das 12 cidades-sede.

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