Rompidos? Galiotte diz ter dívida de gratidão com Paulo Nobre: “é um amigo”

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2017 12h07
Fábio Menotti/Divulgação/Palmeiras Maurício Galiotte e Paulo Nobre eram aliados, mas não mantêm mais relações políticas no Palmeiras

Apaziguador por naturezaMaurício Galiotte colocou panos quentes sobre a tese de que estaria rompido com Paulo Nobre. Em entrevista exclusiva a Mauro Beting que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, o presidente do Palmeiras deu pistas de como anda a relação com o ex-mandatário. 

Galiotte classificou Nobre como “um amigo” e disse ter eterna “dívida de gratidão” com ele, enfraquecendo a animosidade que mexeu com a política palmeirense no primeiro mês do ano.

Os dois teriam se distanciado devido a divergências relacionadas às ambições políticas de Leila Pereira, presidente da Crefisa/FAM que deve ser eleita ao Conselho Deliberativo do clube a contragosto de Paulo Nobre.

O tratamento destinado às organizadas também minou a confiança entre as partes, de acodo com pessoas próximas a elas.

A contratação de Miguel Borja, a janela do meio do ano e a relação do Palmeiras com seus principais parceiros também foram temas da entrevista de Mauro Beting.

Você esperava ter um time tão forte quanto este?

“Nosso objetivo no ano passado era conquistar o título brasileiro e conquistamos. A grande contratação para 2017 foi a manutenção da equipe. Renovamos com vários jogadores e tivemos a chegada do Felipe, do Michel, do Borja, entre outros, para fortalecer ainda mais… A ideia é ter um time forte e entrar para vencer em todos os campeonatos.” 

Qual foi a contratação mais complicada?

“Todas as contratações têm as suas características, dificuldades, valores, empresários, clubes… A do Borja teve uma complicação porque existia a possibilidade de a China levá-lo, e isso demandou um pouco mais de trabalho, esforço e dedicação. Mas conseguimos. Deu certo.” 

Existe o temor de perder jogadores na janela do meio do ano?

“Não dá para dizer que não existe a possibilidade, porque, tendo a janela, outras equipes com potencial podem pagar a multa e levar o jogador. Mas, particularmente, eu não acredito. Nós temos contratos muito bem feitos, com os valores altos… Estou muito otimista com relação à manutenção de todos os jogadores durante o ano inteiro.”

Como seria o Palmeiras sem a Crefisa/FAM?

“Um grande parceiro, como a Crefisa/FAM, realmente faz a diferença. Ele apoia, adquire propriedades de marketing, e o Palmeiras, com recursos, investe em atletas, infraestrutura… Tudo isso fortalece a nossa marca, o nosso clube, faz a diferença. O que temos é de planejar, sanar os nossos compromissos, fortalecer a nossa equipe. O recurso, quando bem administrado, gera resultados de curto, médio e longo prazo. O nosso planejamento tem de ser nessa direção.” 

Como está a relação do Palmeiras com a WTorre?

“Nós temos alguns assuntos que estão sendo discutidos na arbitragem. Cada um defende os seus interesses… Outros assuntos, operacionais, estão sendo discutidos no dia-a-dia para que Palmeiras e WTorre possam ganhar com isso. Eu acho que podemos evoluir esportivamente. Há uma série de pendências que, com o diálogo, poderão ser resolvidas.” 

E o seu relacionamento com o Paulo Nobre?

“O Paulo é um amigo. Começamos juntos, em 2013, numa situação muito difícil. Quando se sentou na cadeira, o Paulo Nobre recebeu uma dívida de curto prazo estratosférica, o clube numa situação esportiva lamentável. E, depois de quatro anos, ele entregou contas equacionadas, uma equipe campeã brasileira e os processos administrativos em andamento. Nós temos uma dívida de gratidão… O torcedor palmeirense tem uma dívida de gratidão com o Paulo. E eu vou falar isso sempre. Hoje, o Paulo é um membro nato do COF, conselheiro vitalício e está à disposição do clube sempre que houver necessidade.”

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