Tévez diz que não quer ser convocado para a Copa por pressão

  • Por Agencia EFE
  • 16/04/2014 19h06

Buenos Aires, 16 abr (EFE).- O atacante Carlos Tévez, da Juventus, agradeceu o apoio que tem recebido para participar da Copa do Mundo, mas afirmou que não gostaria de ser convocado para a seleção argentina apenas por pressão dos torcedores e da imprensa sobre o técnico Alejandro Sabella.

“Não acharia bom se me chamasse agora. Eu não fiz parte deste processo e não quero ser convocado por pressão”, disse o ex-jogador do Corinthians em entrevista ao jornal argentino “Crónica”.

“Se Sabella tem que ganhar, deve fazer de acordo com suas convicções. Não seria bom fazer de uma forma que não se sinta bem”, acrescentou.

Sobre sua relação com o treinador da seleção, Tévez afirmou que os dois nunca tiveram problemas e que sempre se trataram cordialmente. “Todo mundo me pergunta por que não estou na seleção. Mas não sou eu que devo responder essa pergunta, porque estaria desrespeitando o técnico. As coisas são como são e ponto”, exclamou Tévez, que não deve acompanhar a seleção na Copa.

“Não acho que verei às partidas da Argentina no Mundial. Já comprei passagens para ir à Disney com minha esposa e meus três filhos. Eles merecem essa viagem. E eu já decidi para onde quero ir”, revelou.

O atacante perdeu espaço na seleção após a chegada de Sabella, principalmente, pela eliminação da Argentina na Copa América de 2011. No duelo com o Uruguai pelas quartas de final, Tévez errou a cobrança decisiva da disputa de pênaltis e foi apontado como o principal culpado pela derrota.

Nos três anos seguintes, o jogador permaneceu fora da seleção apesar do apoio de vários torcedores e de seus bons resultados pela Juventus, pela qual se aproxima do título italiano como vice-artilheiro, com 18 gols, um a menos que Ciro Immobile, do Torino.

Tévez ainda aproveitou para derrubar a hipótese de ter uma rivalidade com Lionel Messi, quem ele classificou como uma pessoa muito educada e a quem desejou boa sorte na Copa.

“Esta deve ser sua Copa, e eu desejo isso de coração, porque é um jogador maravilhoso. Ele e Cristiano, com quem convivi no Manchester, são os melhores jogadores do mundo”, comentou.

Por fim, o atacante negou ter vontade de voltar ao futebol argentino e jogar pelo Boca Juniors, onde foi revelado. Ele destacou que quer o clube pacificado para que tenha prazer em defendê-lo. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.