Vitória do Corinthians foi gota d’água para queda de Baptista; saiba bastidores

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2017 12h37

Eduardo Baptista foi demitido do comando técnico do Palmeiras

Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação Eduardo Baptista foi demitido do comando técnico do Palmeiras

A derrota para o Jorge Wilstermann, quarta-feira, na Bolívia, foi o último capítulo da história de Eduardo Baptista no Palmeiras. A decisão de demiti-lo, no entanto, já havia sido tomada antes mesmo do primeiro tropeço alviverde na Libertadores. Segundo apurou o repórter Fredy Junior, da Rádio Jovem Pan, a vitória do Corinthians sobre a Ponte Preta, domingo, em Campinas, foi a gota d’água para a queda do filho de Nelsinho Baptista. 

Explica-se: os 3 a 0 do Corinthians no jogo de ida da final do Paulistão acenderam um sinal de alerta na alta cúpula do Palmeiras. Dirigentes se faziam o seguinte questionamento: como o clube alviverde, dono do elenco mais poderoso do País, havia perdido por 3 a 0 para um time que, duas semanas mais tarde, seria derrotado pelo mesmo placar por uma equipe cuja matéria prima é consensualmente mais escassa que a palmeirense? 

A comparação entre as atuações de Palmeiras e Corinthians no Moisés Lucarelli foi cruel para Eduardo Baptista – ainda mais porque o time alvinegro também é comandado por um técnico que, assim como o filho de Nelsinho, é considerado inexperiente.  

A partir do triunfo corintiano em Campinas, já se sabia, dentro do Palmeiras, que Eduardo Baptista cairia na primeira derrota. Ela veio na última quarta-feira, após atuação apática contra o décimo colocado do Campeonato Boliviano. 

Se o Palmeiras não perdesse para o Jorge Wilstermann, Baptista seria mantido. Mas não por muito tempo. No entendimento dos dirigentes contrários à permanência do treinador, o mês de maio  que contará com as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro e os dois jogos contra o Inter, pelas oitavas de final da Copa do Brasil – fatalmente derrubaria Eduardo Baptista – seja após um tropeço na competição por pontos corridos, seja depois de uma eventual eliminação no torneio mata-mata. 

No fim, não foi preciso correr nenhum risco. O fato de o Palmeiras só voltar a campo daqui a 11 dias – e, na Libertadores, daqui a 19 – deu a certeza da qual Maurício Galiotte necessitava: a de que era a hora de mudar. O novo técnico, ao menos, terá tempo para preparar o time para o Brasileiro e as fases mais agudas da Libertadores.

Crefisa também pressionou

Ainda de acordo com apuração de Fredy Junior, da Rádio Jovem Pan, a Crefisa também teve “dedo” na demissão de Eduardo Baptista. Houve pressão por parte da patrocinadora especificamente por causa de Miguel Borja. O colombiano não rendeu sob o comando do treinador e chegou a se irritar por ser constantemente substituído. 

O temor de que o atacante, bancado pela Crefisa, tivesse o mesmo fim de Lucas Barrios fez com que a patrocinadora pressionasse Maurício Galiotte por uma mudança emergencial no comando técnico do time. 

Assim como Borja, Barrios também foi um “presente” da Crefisa para o Palmeiras. Depois de pouco mais de um ano, no entanto, ele foi negociado com o Grêmio – clube no qual é titular e pelo qual tem sete gols em 13 jogos.

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.