Xodó da torcida, seleção feminina goleia Suécia e vai às quartas de final

  • Por EFE
  • 07/08/2016 09h47

Beatriz (Bia) celebra um dos dois gols que marcou na goleada brasileira sobre a forte Suécia

EFE/EPA/ORESTIS PANAGIOTOU Beatriz (Bia) celebra um dos dois gols que marcou na goleada brasileira sobre a forte Suécia

Queridinhas da torcida pelo empenho mostrado, apesar das dificuldades do futebol feminino no país, as jogadoras da seleção brasileira golearam neste sábado a Suécia por 5 a 1, no Estádio Olímpico Nílton Santos, garantindo vaga antecipada nas quartas de final do torneio dos Jogos do Rio de Janeiro.

Bia, aos 21 minutos, Cristiane, três minutos depois, e Marta, aos 44, de pênalti, balançaram as redes na etapa inicial. A camisa 10 voltou a marcar aos 35 do segundo tempo, enquanto a responsável por abrir o placar fez seu segundo aos 41. A atacante Lotta Schelin descontou para as nórdicas já perto dos acréscimos.

Com o resultado, as anfitriãs chegaram aos seis pontos, se isolando na ponta do grupo E, que tem chinesas e suecas – que se enfrentarão na rodada final -, com três. Basta um ponto no duelo com a África do Sul, nesta terça-feira em Manaus, para as brasileiras garantirem a liderança da chave.

Hoje, no Engenhão, as meninas do Brasil contaram com ambiente habitual que encontra a seleção masculina, e deram conta do recado com autoridade. As principais atletas tiveram o nome gritado, e, no segundo tempo, houve tempo para o tradicional “olé”, enquanto as adversárias entravam na roda.

Nem tudo foi festa, no entanto, já que Cristiane, maior artilheira de todas as edições dos Jogos Olímpicos, com 14 gols, se contundiu no decorrer do segundo tempo, e teve que deixar o campo carregada, virando dúvida, não só para o encontro com as sul-africanas, mas também para o decorrer do torneio.

Para o jogo deste sábado, o técnico Osvaldo Alvarez repetiu a escalação da estreia, mantendo a volante Thaisa na equipe. Andressinha, que entrou no decorrer da vitória sobre as chinesas e foi um dos destaques do confronto, permaneceu na condição de reserva.

As brasileiras começaram a partida a mil por hora, quase sempre regidas por Marta, mas não conseguiram levar perigo efetivo ao gol. Susto mesmo levou a torcida da casa aos 11, quando a Suécia desceu rápido pela direita, e, após cruzamento, Asllani apareceu livre para finalizar, obrigando Bárbara a fazer defesa espetacular.

A resposta verde e amarela veio aos 13 minutos da etapa inicial, claro, com a craque Marta, após passe açucarado – vale destacar – de Cristiane. A camisa 10 disparou e tocou na saída da goleira sueca, que conseguiu fazer a defesa com as pernas.

O Engenhão, enfim explodiu aos 21 do primeiro tempo, com Bia, após vacilo da defesa sueca. Depois de lançamento longo, a zagueira Berglund e Lindahl não decidiram quem iria interceptar a bola e atacante brasileira mostrou esperteza para tomar a frente e bater para as redes.

Se a abertura do placar caiu na conta da desatenção adversária, Marta e Cristiane não se contentaram com gol, mas fizeram uma pintura aos 24, quando a meia cruzou na medida e a atacante, maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos, tocou de letra e fez o segundo.

A seleção brasileira caminhava para o intervalo com boa vantagem, quando, aos 43, Marta lançou Cristiane, que acabou derrubada por Eriksson na entrada da área. A árbitra mexicana Lucia Venegas marcou pênalti, que a camisa 10 converteu com categoria, cobrando à esquerda do gol defendido por Lindahl.

No segundo tempo, as donas da casa seguiram dominando a partida, mas sem levar tanto perigo, já controlando a condição física, visando o compromisso da última rodada e a sequência da participação no torneio olímpico.

Pouco antes dos 20 minutos, no entanto, Cristiane sentiu lesão muscular na coxa direita e, chorando, teve que deixar o gramado do Engenhão, para ser substituída por Debinha.

A contusão da camisa 11 não tirou o ímpeto das brasileiras, que transformaram o placar em goleada aos 35 minutos do segundo tempo, quando Marta recebeu na área, “tabelou” com zagueira adversária e bateu com jeito, ao invés de força, para vencer Lindahl.

Responsável por abrir o placar no primeiro tempo, Bia marcou com estilo aos 41. Após receber de Poliana, que substitiu Fabiana, a atacante ajeitou, se manteve longe da marcação e encheu o pé, para o estufar as redes. Pouco depois, quase nos acréscimos, Schelin anotou o gol de honra sueco.

Fotos do texto: EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.