Advogado de Temer apoia separação do caso de Aécio: “decisão sábia”

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2017 18h33
Divulgação/STF Antônio Cláudio Mariz de Oliveira advogado de Michel Temer - STF

O advogado do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, afirmou que apoia a decisão do ministro Edson Fachin de separar a questão do senador afastado, Aécio Neves, com a investigação sobre o presidente Michel Temer e o outro peemedebista, Rocha Loures.

“Queríamos mesmo que houvesse essa separação, na medida em que não há nenhuma conexão entre fatos que estão sendo apontados em relação ao presidente e àqueles outros fatos apontados em relação ao ex-governador Aécio. De forma que, não havendo conexão, não havendo necessidade dos inquéritos correrem juntos, foi uma decisão sábia, uma decisão correta colocar cada conjunto desses fatos em um inquérito separado do outro”, explicou.

Mariz afirmou ainda que a gravação com a conversa entre o executivo da JBS Joesley Batista e o peemedebista já teve sua legitimidade contestada por três peritos que encontraram números diferentes de irregularidades. De acordo com Mariz, algo não está certo.

“Essa gravação já teve sua legitimidade contestada por um perito que apontou 70 e poucas irregularidades, um outro perito (…), 50 irregularidades, e um segundo jornal e terceiro perito, verificou 14 irregularidades. Alguma coisa tem de errado”, disse.

“Então o presidente tem todo o interesse que a verdade venha à tona. Que a verdade venha à tona por completo, e não a verdade desejada por um dos lados do inquérito. Que ela venha à tona para que realmente o STF possa dar a decisão que nós todos aguardamos que é a de arquivamento desse inquérito”, completou o advogado.

O advogado de Temer disse ainda que a defesa do presidente já requereu a mudança do relator do caso, já que o ministro Fachin é relator da Operação Lava Jato e o caso, até o momento, não tem nenhuma relação com a operação.

“Não há nenhuma ligação dos fatos apontados neste inquérito com os fatos da chamada Operação Lava Jato”, afirmou.

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