Após encontro com Geddel, líderes defendem ministro e preparam texto de apoio

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/11/2016 13h47
Brasília - Os ministros Geddel Vieira (Secretaria de Governo), e Eliseu Padilha (Casa Civil) anunciam medidas para reduzir os gastos públicos (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Ministros Geddel Vieira (E)

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, recebeu o apoio de líderes dos partidos da base aliada durante reunião realizada no Palácio do Planalto. O tom dos discursos foi de desagravo. Além disso, líderes assinaram um documento de apoio ao ministro que será formalmente entregue na tarde desta terça-feira (22).

O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), avisou que o documento a favor de Geddel começou a ser elaborado na segunda-feira, 21, e que só não foi entregue até agora porque alguns líderes não tinham chegado à capital federal. “Vamos entregar o manifesto pessoalmente esta tarde”, afirmou o parlamentar.

O deputado Jovair Arantes (GO), que é líder do PTB, abriu a reunião defendendo o ministro e os demais presentes endossaram o teor do discurso. 

O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), reconheceu que o ministro errou ao levar ao governo federal um tema “pequeno”, “paroquial”, mas justificou que “todos somos falíveis”. Para Pauderney, Geddel cometeu uma “falha humana” ao “tratar de um assunto que não caberia”, mas destacou que “é preciso passar por cima disso e pensar nos grandes problemas nacionais, ainda mais que o pedido (para interceder na manutenção da obra de interesse de Geddel) não foi aceito”.

Pauderney comentou que o comportamento de Geddel “não é adequado”. “Mas temos problemas enormes no País para resolver”. O parlamentar amazonense disse ainda que o ministro deu explicações e todos entenderam. Para ele, houve uma “interpretação de forma equivocada” por parte do ex-ministro Marcelo Calero. 

Pauderney afirmou ainda que conversou com o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Neto, sobre o assunto e este lhe assegurou que “não há nenhum problema com o empreendimento”.

Geddel foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de tráfico de influência por defender a liberação de um prédio em área histórica onde ele comprou um apartamento na planta.

Antes de a reunião ser encerrada, Geddel foi chamado ao gabinete do presidente Michel Temer para conversar sobre uma manifestação de índios que acontece em frente ao Palácio do Planalto. Por volta das 13h, Geddel estava reunido com o presidente Michel Temer.

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