Ataque conta base militar no Paquistão deixa 42 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2015 14h39

Islamabad, 18 set (EFE).- O total de mortos no ataque desta sexta-feira a uma base das Forças Aéreas do Paquistão (PAF), perto da cidade de Peshawar, na região norte, aumentou para 42, sendo 16 militares que rezavam em uma mesquita, dez soldados que trabalhavam, três civis e 13 insurgentes, informou o diretor-geral do escritório de relações públicas do exército (ISPR), Asim Bajwal.

Em entrevista coletiva, ele disse que o ataque aconteceu no começo da manhã em um acampamento da PAF na área de Badaber. De acordo com ele, os 13 insurgentes atacaram a base militar em dois pontos diferentes.

“Os terroristas usaram lança-granadas e rifles automáticos para atravessar as portas e entrar na base aérea”, afirmou o militar.

Segundo Bajwal, os insurgentes vinham do Afeganistão e “o ataque foi planejado, executado e controlado do país vizinho”.

“É cedo para dizer mais. Nosso departamento de inteligência está investigando”, afirmou.

O porta-voz garantiu que os militares que morreram pertenciam às forças aéreas, mas não deu informação sobre as três vítimas civis.

Em comunicado, o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou ação e a classificou de “ataque terrorista”. Ele informou que os militares possuem “o total apoio da nação” e que “em breve todas as redes terroristas serão eliminadas do Paquistão”.

Através de um texto enviado à Agência Efe, Muhammad Khurasani, porta-voz do principal grupo talibã do país, o TTP, reivindicou o ataque realizado por “uma unidade insurgente” contra as forças aéreas do Paquistão na região de Badaber.

No escrito, ele disse que no ataque os talibãs tinham matado 50 militares paquistaneses, embora os insurgentes tenham o hábito de dar informações falsas sobre o alcance de suas ações.

Badaber faz fronteira com a região de Khyber, onde, em outubro, o exército paquistanês iniciou uma ofensiva contra os insurgentes, que se somou a outra lançada em junho de 2014 a área tribal do Waziristão do Norte, a operação “Zarb-e Azb”. Pelo menos 3.500 insurgentes e 300 membros das forças de segurança paquistaneses morreram nessa campanha, segundo dados oficiais.

Em dezembro, como vingança por estas operações o TTP realizou um ataque, que deixou 151 pessoas mortas, sendo 125 crianças, em uma escola de Peshawar. EFE

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