45% dos furtos e roubos na área central de SP são de celulares, diz PM

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2017 19h55 - Atualizado em 14/12/2017 12h21
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas PM recomenda não utilizar o celular de forma desatenta em vias públicas

O furto de celulares tem sido recorrente na cidade de São Paulo. De acordo com levantamentos da Polícia Militar, 45% das ocorrências na área central são referências ao roubo ou furto de celulares. Um dos locais que mais registram queixas é a Avenida Paulista.

Em entrevista à Jovem Pan, o major Marcelo Fernandes, coordenador-operacional do 11º Batalhão da Polícia Militar, revelou que 50% dos casos acontecem por desatenção dos usuários. “A modalidade mais comum das subtrações é o furto. Em nosso estudo detectamos que 50% acontecem por desatenção das pessoas que estão manuseando o aparelho ou com ele no ouvido”, explicou Fernandes.

Uma prática muito comum utilizada pelos criminosos é o furto com bicicletas por conta da fuga rápida. “Já 25% dos delitos acontecem de dentro de mochilas e sacolas e outros 25% em bolsos, principalmente os traseiros”, completou o major.

Como prevenir?

De acordo com o Fernandes, a principal orientação é não utilizar o celular em via pública de forma descuidada. O indicado é parar em um local seguro, de preferência fechado, para digitar uma mensagem ou efetuar uma ligação. É fundamental não manusear o aparelho em pontos de ônibus e tomar cuidado com pessoas de bicicleta.

O que fazer em caso de roubo?

Fernandes ressaltou que ao ser furtado ou roubado, o portador do celular deve procurar imediatamente um posto policial para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) e fornecer o número do IMEI (International Mobile Equipment Identity), que normalmente está na embalagem do produto, para que as informações sejam cruzadas no Banco de Dados da Polícia. Outra opção para saber a “identidade” do aparelho é digitar: *# 06#.

“Se a pessoa não passar o número do IMEI, nós (PM) não conseguiremos localizar o aparelho e saber se ele realmente pertence ao proprietário”, enfatizou o major.

Receptação é crime

“O criminoso não vai roubar ou furtar se não tiver para quem vender”, ressaltou Fernandes. O oficial orienta aos consumidores que comprem aparelhos em lojas credenciadas e evitem locais de procedência duvidosa, uma vez que o portador pode responder pelo crime de receptação. “Em muitos casos, as pessoas compram um aparelho de um amigo que passou pelo amigo, do amigo, e não sabem que compraram um celular roubado. Se o policial constatar que o celular tenha procedência ilícita, o proprietário será levado à delegacia e responderá pelo crime de receptação”, destacou.

Para tentar diminuir os índices de roubos e furtos, a Polícia Militar tem realizado uma campanha de conscientização junto a órgãos como Metrô, Hospitais, CONSEGs, associações comerciais e Universidades.

*Informações do repórter Daniel Lian

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