Biometria e transparência nos gastos são os principais desafios para as próximas eleições

JOVEM PAN nas eleições - urna + logo

A transparência nos gastos de campanha e a biometria são os principais desafios das próximas eleições em 2016, de acordo com especialistas. No ano que vem, a expectativa da Justiça Eleitoral é que mais de 52 milhões de brasileiros estejam com as digitais cadastradas para realizar a votação.

Em 2014, pouco mais de 23 milhões de eleitores foram registrados no sistema, adotado em regime de testes em 770 cidades, sendo 15 capitais. Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou novas regras que abriram o sigilo bancário dos partidos políticos. No entanto, a discussão sobre o financiamento público de campanha segue travada no Supremo.

O Presidente do Instituto Paulista de Magistrados, o desembargador Jefferson Moreira de Carvalho, afirmou ser necessário combater o problema do caixa dois: “essa questão do financiamento público vai demandar muita reflexão. Mas só financiamento público não significa que vai acabar o caixa dois. O que precisa fazer é combatê-lo”, disse o desembargador.

Ele ainda defendeu a aprovação de uma minirreforma eleitoral com a possibilidade do voto distrital.

A Professora da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Mônica Herman Caggiano, disse ao repórter JOVE PAN, Anderson Costa que a transparência é necessária: “o problema é que o eleitor, para legitimar seu governante, precisa saber quem está por trás do candidato. Quem o financia, quem o apoia, com quem ele mantem vínculos”.

A partir da nova determinação do TSE, os partidos políticos são obrigados a informar mês a mês a movimentação das contas bancárias.

Apesar da regra, os extratos não serão publicados na internet e, para isso, seria necessária a aprovação de uma lei no Congresso Nacional.