Demora na exploração do pré-sal prejudicou o País, diz a ANP

  • Por Estadão Conteúdo
  • 31/01/2018 16h12
Stéferson Faria/Agência Petrobras Stéferson Faria/Agência Petrobras Produção brasileira de petróleo pode atingir 5,5 milhões de barris por dia na próxima década, o que deve elevar a arrecadação de impostos em R$ 100 bilhões

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse nesta quarta-feira, 31, que a produção de petróleo no pré-sal superou a do pós-sal pela primeira vez em dezembro. Isso ocorreu a despeito da demora na exploração do pré-sal, que prejudicou a sociedade brasileira, na avaliação dele. A primeira rodada foi realizada em 2013, e a segunda e a terceira só ocorreram no ano passado.

Oddone participa da cerimônia de assinatura dos contratos da áreas leiloadas na segunda e terceira rodadas de pré-sal, realizadas em outubro, no Palácio do Planalto. Para junho, estão previstas a realização da quarta rodada e, “possivelmente”, o leilão de áreas excedentes da cessão onerosa.

Oddone disse que a produção brasileira pode atingir 5,5 milhões de barris por dia na próxima década, o que deve elevar a arrecadação de impostos em R$ 100 bilhões. “Esse é o caminho que devemos perseguir para que os recursos do pré-sal beneficiem a sociedade brasileira”, disse.

As outorgas arrecadadas somaram mais de R$ 6,15 bilhões. Na ocasião do leilão, as rodadas contaram com a participação da Petrobras e de grandes multinacionais do setor, como Shell, Exxon, Total, BP, Repsol Sinopec, Statoil e Petrogal. Até então, as empresas privadas atuavam exclusivamente como sócias da Petrobras no projeto de Libra, na Bacia de Santos.

Das oito áreas oferecidas, duas ficaram sem lances – Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, e Pau Brasil, na Bacia de Santos.

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