Dilma inaugura obra no aeroporto de Brasília e defende concessões no setor

  • Por Agência Brasil
  • 16/04/2014 18h41

A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (16) a concessão dos aeroportos à iniciativa privada e ressaltou a importância da parceria com grandes empresas brasileiras e investidores internacionais.

“O dinheiro que nós arrecadamos da outorga onerosa, das concessões aeroportuárias, vai ser destinado à construção de 270 aeroportos nessa primeira fase. Aeroportos essenciais neste país para que nós tenhamos de fato uma logística aeroportuária”, disse a presidenta, lembrando que o objetivo é beneficiar a população de regiões do interior do país.

Dilma participou da inauguração do Píer Sul do aeroporto de Brasília, com dez novas pontes de embarque e mais de 20 mil metros quadrados (m²). Segundo ela, a capacidade para atender aos passageiros de Brasília, dos quais 43% passam pela cidade em conexão para outros destinos, é adequada ao crescimento do Brasil. “Mas tenho certeza de que o Consórcio Inframerica vai ter muitas obras pela frente porque o Brasil vai continuar crescendo, distribuindo renda e trazendo para a aviação civil toda a população deste nosso país. Até porque um país continental exige aeroportos”, destacou a presidenta.

Para ela, o aeroporto é um “cartão de visita” do Brasil e “fica claro” que o empreendimento não beneficiará apenas a Copa do Mundo. “Isso mostra que nosso país está se preparando para atender aos milhões de consumidores que continuarão buscando a aviação civil pelos próximos anos. E essa demanda é crescente”, destacou. Quando o ministro Moreira Franco, da Aviação Civil, comentou que o primeiro passageiro que desembarcou no novo terminal disse que nem parecia estar no Brasil, Dilma afirmou que que o aeroporto parece, sim, com o país.

O Píer Sul é parte do investimento de R$ 1,2 bilhão previsto até agosto deste ano, que aumentará a capacidade do aeroporto de 16 milhões para 21 milhões de passageiros. A obra foi realizada em 16 meses, em meio à operação normal do terminal aéreo. Exclusivo para aviação doméstica, o Píer Sul conta com restaurantes, dois mezaninos e esteiras rolantes.

A Inframerica, responsável pelo aeroporto, entregará no dia 24 de maio o Píer Norte, que está em fase final de obras. O espaço terá oito pontes de embarque, em uma área de 15 mil m² . Com os dois píeres, a capacidade do aeroporto passará de 13 pontes de embarque para 29. De acordo com a Inframerica, todos os demais investimentos que devem ser entregues até a Copa estão em fase final. Também foram entregues hoje a duplicação do viaduto de acesso ao piso de embarque e a nova Sala Vip, com 1.500 m². Ainda para este mês está prevista a entrega das obras do pátio e estacionamento de aeronaves.

Para Moreira Franco, a inauguração de parte do aeroporto de Brasília é a primeira etapa de uma mudança de patamar do país. “Os passos que damos hoje são os primeiros passos de uma mudança de patamar que vamos percorrer ao longo de todo este ano, para garantir futuro muito mais generoso para cidadão brasileiro.”

Após a solenidade, o presidente do consórcio, Alysson Barros Paolinelli, respondeu à sugestão da presidenta. “O aeroporto não para em sua ampliação. Ao final da Copa, vamos com outras ampliações, com um novo terminal de cargas, com a possibilidade de novos hotéis dentro do aeroporto. E isso é uma obra constante: quanto maior o crescimento do aeroporto, maiores os investimentos que a Inframérica trará para atender melhor à população”. Paolinelli informou que o consórcio já recebeu homologação da Agência Nacional de Aviação Civil e que, a partir desta quarta-feira, o Píer Sul está 100% em operação.

O aeroporto de Brasília entrou no primeiro grupo de terminais concedidos à iniciativa privada, junto com Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, no início de 2012. Os aeroportos de Confis, em Minas Gerais, e do Galeão, no Rio de Janeiro, também já foram privatizados. O aeroporto de Brasília foi arrematado por R$ 4.501.132.500, lance feito pelo consórcio Inframerica Aeroportos, composto pelas empresas Infravix Participações SA (50%) e Corporación America SA (50%).

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