Servidores fazem greve por atraso de salários no RN

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/01/2018 09h10
VITORINO JUNIOR/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Protesto de servidores em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal (RN), no último dia 9, contra a falta de condições de trabalho, o não pagamento dos salários, falta de remédios e o sucateamento de ambulâncias. O hospital público, considerado o maior do Estado, não está realizando os atendimentos durante a maior crise econômica do Estado

No Rio Grande do Norte, o ano começou com greves e protestos contra o governo estadual. Além da crise na segurança pública, o Estado enfrenta uma grave crise fiscal. O governo não tem previsão de quando conseguirá depositar os salários de dezembro e o 13.º dos servidores, em um total de R$ 700 milhões

O acúmulo de dívidas pela maioria dos funcionários públicos levou muitos a se reunirem em campanhas de arrecadação de alimentos, que estão sendo feitas nos batalhões de polícia e hospitais públicos. “Todos os meses estão sendo pagos com atraso Dependo desse dinheiro para tudo: alimentação, remédios, água, luz. Meu IPTU está atrasado”, diz a pensionista Iracy Cortez, de 73 anos. Com o nome negativado nos serviços de proteção ao crédito, ela não consegue tomar empréstimos.

Policiais fizeram uma paralisação nos serviços que se estendeu por 22 dias. O movimento só chegou ao fim depois que o Estado prometeu pagar os servidores da segurança pública até o dia 30. Com as demais categorias, não houve negociação – servidores da saúde estão em greve há 60 dias.

O secretário das Finanças, Gustavo Nogueira, destaca que as transferências da União caíram 10% de 2017 para 2014, enquanto a folha de pessoal cresceu 23%, acentuado a crise fiscal. “Isso é insustentável”, diz. Ele destaca que o governo mandou à Assembleia Legislativa um projeto de lei de teto de gastos no ano passado que ainda não foi aprovado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.