Governo apoia estados e municípios onde há aumento de casos de dengue

  • Por Agência Brasil
  • 06/03/2015 13h29
Arquivo/Agência Brasil Ilustrativo Aedes aegypti pode causar doenças como dengue, zika e chikungunya

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse hoje (6) que o governo está atento para dar o apoio necessário aos estados e municípios onde for registrado aumento do número de casos de dengue. “É extremamente importante atuar em duas frentes: na prevenção, porque temos mais dois meses, nos quais pode haver crescimento do número de casos, e também na adoção das medidas nos serviços de saúde público e privado.”

Depois de participar de encontro técnico com gerentes e diretores clínicos de unidades básicas de saúde do município de São Paulo, o ministro ressaltou que os profissionais devem ser capazes de atender de maneira eficiente os pacientes e para evitar a evolução dos casos e a morte dos doentes. “É preciso agir hidratando os doentes, identificando sinais de agravamento, como dor abdominal persistente e vômitos. Nesses casos, o paciente  precisa ser hidratado imediatamente, não precisa sequer ir para o hospital.  O tratamento deve começar na própria unidade básica de saúde, na clínica privada. Isso é decisivo para evitar óbitos.”

Chioro disse que os números da dengue indicam que os casos aumentaram  e que caiu a incidência de doentes graves e de mortes. No estado de São Paulo, houve aumento nos tipos de casos e de mortes. “Isso precisa ser interrompido. Por isso, Ministério da Saúde, estados e prefeituras estão agindo juntos, mobilizando os gerentes das unidades básicas, médicos e enfermeiros das redes pública privada.”

O objetivo da reunião foi informar a situação epidemiológica dos casos de dengue e de febre chikungunya e apresentar recomendações técnicas e protocolos de atendimento preconizados pela pasta da Saúde.

Chioro alertou que a dengue é uma doença cíclica e que, a cada três anos, aumenta o número de pessoas suscetíveis a um novo tipo da doença. “Portanto, aumenta-se o número de casos. Temos dificuldades importantes de controle do mosquito em algumas regiões, como a Região Sudeste, que em virtude da crise hídrica,  os moradores armazenaram água em casa, o que conttribuiu para a proliferação do mosquito [Aedes aegypti, transmissor da doença].”

Segundo o ministro, é preciso enfatizar o controle na eliminação dos criadouros para evitar a proliferação das larvas e pulverizar o veneno nas cidades para matar os mosquitos. Ele lembrou que estão sendo feitas, em todo o país, campanhas para conscientizar a população e prevenir a proliferação do mosquito. Mesmo assim existem cidades, nas quais a mobilização não foi suficiente, destacou Chioro, Para ele, as cidades que enfrentam epidemias alarmantes, claramente, não se prepararam ao longo do ano passado e não alertaram os profissionais de saúde para identificar os sinais de agravamento.

“O importante é não baixar a guarda, continuar com as medidas de prevenção e fazer com que todos os serviços públicos e privados atendam de forma adequada, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. Na maior parte do país, recebemos comprometimento da população, no sentido de fazer suas obrigações, mas precisamos despertar na sociedade um sentimento de corresponsabilidade e solidariedade. Não cabe colocar culpa em ninguém, mas vamos aproveitar a lição para melhorar”, afirmou Chioro.

Após o encontro, o ministro participou da inauguração do Hospital Dia da Rede Hora Certa, na região do Ipiranga.

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