Governo tenta tranquilizar importadores de carne

  • Por Estadão Conteúdo
  • 15/07/2017 09h41 - Atualizado em 15/07/2017 09h42
BRA107. LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Vista general de la línea de producción de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE O governo explicou as mudanças nas regulações de inspeções, com o objetivo de lutar contra a fraude e melhorar a segurança dos alimentos. De acordo com o Itamaraty, a nova regulação estabelece penas severas

O governo brasileiro usou na última sexta-feira (14) uma reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar tranquilizar seus parceiros comerciais e importadores de carne sobre as investigações relacionadas à corrupção no Brasil no setor pecuário. O temor é de que, com novas revelações, operadores na Europa, Ásia e Américas fechem o mercado às exportações nacionais.

A declaração ocorreu um dia depois que o Ministério da Agricultura admitiu que foi informado de que uma das delações da empresa JBS aponta que a maior processadora de proteína animal do mundo teria pago um “mensalinho” a dezenas de fiscais, na esperança de reduzir os entraves no exame de sua produção. Autoridades dos EUA e da Europa já procuraram o Ministério da Agricultura para obter detalhes sobre a denúncia e o temor do governo é de que aumente a pressão contra os produtos nacionais no exterior.

Durante o encontro do Comitê de Assuntos Fitossanitários da OMC, o governo atualizou os demais membros sobre o que tem feito para garantir a saúde animal, depois dos recentes escândalos envolvendo o setor. Ao contrário do que é de costume na OMC, a intervenção ocorreu sem que outros países tenham feito uma queixa formal. O tema sequer estava na agenda. Mas o governo entendeu que seria positivo que, de forma espontânea, explicasse aos demais parceiros o que ocorre no País.

O governo explicou as mudanças nas regulações de inspeções, com o objetivo de lutar contra a fraude e melhorar a segurança dos alimentos. De acordo com o Itamaraty, a nova regulação estabelece penas severas.

Em uma declaração, a Comissão Europeia alertou que “vai continuar a adotar medidas necessárias para proteger os cidadãos europeus” e que continua a acompanhar o desenvolvimento das investigações.

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